Lava Jato: André Esteves, BTG e Graça Foster na mira da PF
A Operação Pentiti, 64º fase da Lava Jato, que cumpre mandados de busca e apreensão desde a manhã desta sexta-feira, tem como alvos principais os endereços vinculados ao Banco BTG Pactual, a André Santos Esteves e Maria das Graças Silva Foster, ex-presidente da Petrobras e braço-direito de Dilma Rousseff.
As investigações partiram da delação do ex-ministro Antonio Palocci Filho e de informações contidas em e-mails de Marcelo Odebrecht. De acordo com as apurações, Graça Foster, que chefiou a empresa de fevereiro de 2012 a fevereiro de 2015, sabia do esquema de corrupção existente à época na estatal.
BTG
Segundo o Ministério Público, uma das linhas de apuração são irregularidades na venda de ativos – em valores inferiores – na África pela Petrobras ao BTG. O preço desses ativos havia sido avaliado entre US$ 5,6 bilhões e US$ 8,4 bilhões, mas, ao final do processo, 50% desses ativos foram vendidos por US$ 1,5 bilhão em 2013.
Ainda segundo a força-tarefa da Lava Jato, também foram descobertas irregularidades como “restrição de concorrência, favorecendo o BTG Pactual; o acesso pelo banco a informações sigilosas; a aprovação da venda pela diretoria executiva em um dia e do conselho de administração no dia seguinte, sem que tenha havido tempo suficiente para discussão ampla de operação de valor tão elevado”.
Propina
Segundo a delação de Palocci, o banqueiro André Esteves acertou com o também ex-ministro Guido Mantega o repasse de R$ 15 milhões, em data próxima da campanha eleitoral de 2010, para garantir privilégios ao BTG Pactual no projeto das sondas do pré-sal da Petrobras. Parte desse valor teria sido entregue em espécie a Branislav Kontic, aliado de Palocci, na sede do banco.
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