Lewandowski demite policial da PRF que foi suspenso por ensinar tortura em vídeo
Dispensa foi formalizada em portaria assinada pelo ministro da Justiça; Ronaldo Braga Bandeira Júnior contesta decisão e afirma que divulgará mais informações em breve
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, demitiu Ronaldo Braga Bandeira Júnior, agente da Polícia Rodoviária Federal (PRF), devido à participação na administração de uma empresa privada, uma infração disciplinar incompatível com sua função pública. A decisão foi formalizada em portaria assinada pelo ministro. A demissão não está relacionada ao vídeo de 2022, em que Bandeira Júnior aparece ensinando técnicas de tortura. Em suas redes sociais, o ex-policial afirmou ter sido surpreendido pela punição, mencionando que acreditava que o caso já estava encerrado. Ele revelou que a acusação de envolvimento na gestão de uma empresa privada surgiu de um processo datado de 2017/18, do qual ele alega ter sido absolvido inicialmente. Bandeira Júnior também questionou os motivos que levaram à reabertura do processo, culminando em sua demissão.
A PRF não divulgou detalhes sobre a empresa envolvida no caso. Bandeira Júnior, em tom de ameaça, declarou que em breve divulgará um vídeo expondo mais informações sobre o ocorrido. De acordo com a legislação, servidores públicos civis da União são proibidos de participar na gestão ou administração de empresas privadas, salvo em casos de participação como acionistas ou cotistas. A demissão ocorre três meses após Bandeira Júnior ter sido suspenso por 90 dias, decisão tomada por Lewandowski em resposta ao vídeo de 2022. Na gravação, em aula de um cursinho preparatório para concurso da polícia, o então policial descreve como utilizou spray de pimenta dentro de um porta-malas para “acalmar” um preso que estava quebrando a viatura. Ao ouvir os gritos do preso, ele teria respondido em tom jocoso: “Tortura”. Logo depois, disse que não fez realmente isso e que estava apenas brincando.
Relembre a suspensão de Bandeira Júnior
*Com informações do Estadão Conteúdo
Publicado por Felipe Cerqueira
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