Líder do governo ameniza derrota sobre Coaf e diz que Moro é ‘figura central’

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2019 15h59 - Atualizado em 09/05/2019 16h01
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Pedro França/Agência Senado Fernando Bezerra Coelho O relator da MP acrescentou que, embora o governo vá trabalhar para reverter a decisão, as chances são bem menores

O senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), líder do governo no Senado, chamou o ministro Sergio Moro de “figura central” da gestão de Jair Bolsonaro. A declaração foi feita após o governo perder a disputa pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que saiu da pasta da Justiça e foi para a Economia.

A mudança foi feita através de uma emenda à Medida Provisória 870/19, que trata da reforma administrativa do governo e da qual Bezerra é relator. O texto foi votado na manhã desta quinta (9) na comissão mista criada no Congresso para analisar o tema.

O senador reconheceu a dificuldade para a aprovação da permanência do Coaf no Ministério da Justiça. “Fomos derrotados. Nós queríamos que o Coaf ficasse na pasta do ministro Sergio Moro, porém essa era uma matéria muito polêmica e dividia a comissão como também vai dividir o plenário da Câmara e do Senado”, afirmou.

No entanto, o emedebista amenizou o impacto da derrota para a figura de Moro. “Não vejo o ministério de Sergio Moro esvaziado”, disse. “O ministro Sergio Moro é uma figura central desse governo. Ele é o representante de compromissos importantes do presidente da República, é uma figura importante para uma pauta importante. Eu não vejo nenhum tipo de desprestigiamento”.

O relator da MP acrescentou que, embora o governo vá trabalhar para reverter a decisão, as chances são bem menores. “A gente se esforçou e a expectativa era de o governo ter maioria na comissão, porém isso não ocorreu. Isso é próprio do debate político e agora vamos trabalhar para mudar isso.”

A votação desta quinta foi apenas a primeira etapa da MP que trata da reforma administrativa. As mudanças aprovadas ainda precisam passar pelo plenário da Câmara e depois pelo do Senado. Para não expirar, o texto de conversão da medida provisória precisa ser ter a votação concluída nas duas Casas até o dia 3 de junho.

Com Agência Brasil

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