Líder do governo na Câmara vê chance de redenção com decisão de Maranhão
Momentos depois da confirmação do aceite à anulação do impeachment, o líder do governo na Câmara, deputado José Guimarães (PT-CE), disse, nesta segunda-feira (9), que a decisão do presidente interino Waldir Maranhão (PP-MA) põe em cheque o que foi feito “ao arrepio da lei”. Para o petista, ainda há tempo de a Casa se “redimir” do que foi feito sob o comando do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, em sua avaliação, conduziu o processo de impedimento da presidente Dilma Rousseff de forma “muito atabalhoada”.
Guimarães lembrou que todas as solicitações feitas pelo advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, foram atendidas e respeitaram a observação de que o direito de defesa da presidente não foi exercido em sua plenitude na sessão de votação na Casa, ocorrida no último dia 17.
Guimarães afirmou que a decisão dá a chance da “legalidade” ser constituída no trâmite e, dessa maneira, restabelecer “a norma dentro da Casa”, já que, em sua opinião, o processo estava “viciado”.
O petista pregou que todos os atos de Cunha deveriam ser anulados pelo Supremo Tribunal Federal (STF), uma vez que as ações do peemedebista foram “ausêntes de pleno direito”. “Portanto, a decisão do Maranhão não tem nada de intempestividade”, concluiu.
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