Líder do governo vê “divisão no PMDB”, mas espera sigla votando com Temer

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2016 16h07
Pedro França/Agência Senado Senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) ASENADO

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o líder do governo Temer no Senado, Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), assumiu que a dupla votação do impeachment explicitou um racha no PMDB. Ele espera, contudo, que o partido de Michel Temer continue votando a favor das medidas propostas pelo presidente.

Oito senadores do PMDB votaram pelo impeachment de Dilma, mas em seguida decidiram manter seus direitos políticos. Outros dois peemedebistas, inclusive o líder da sigla, Eunício Oveira, se abstiveram na segunda votação. Foram 10 mudanças de decisão entre os 19 senadores do PMDB na Casa.

No começo da entrevista, Nunes demonstrou confiança: “o PMDB estará com o governo como já esteve em outras votações importantes”, disse, lembrando a época de interinidade de Temer na Presidência.

Mas, questionado novamente, o líder do governo confessou: “isso (divisão nas votações) é ruim, uma divisão no PMDB, que é o principal partido do governo. Mas nós vamos ter que deixar deixar assimilar um pouco isso”.

“Errou”

Na visão do tucano “o Senado errou porque não obedeceu a Constituição” ao não decretar a perda de direitos políticos de Dilma. Ele comemora, no entanto, o impeachment da petista: “atingimos o objetivo principal”.

Diferente do presidente do PSDB Aécio Neves, que fala em ir ao Supremo questionar a decisão do Senado, Aloysio Nunes não vê necessidade de “judicializar” a condição política de Dilma Rousseff. “Entendo que a decisão e a palavra final desa questão é do Senado”, afirma.

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