Líder do PMDB afirma que PT deve tomar posição “forte e clara” sobre ajuste fiscal

A presidente Dilma Rousseff participou na manhã desta quarta-feira (06) de uma cerimônia da área agrícola e disse a jornalistas que tem certeza que haverá por parte dos parlamentares uma consciência para votar o ajuste fiscal. “Vamos nos manter tranquilos. Eu tenho certeza que haverá por parte dos parlamentares a sensibilidade necessária para que se vote o ajuste”, disse.

Em entrevista exclusiva a Paulo Pontes, o líder do PMDB na Câmara, deputado Leonardo Picciani afirmou que há uma espera pelo posicionamento formal do PT, e que enquanto isso não acontecer nada será votado na Câmara federal.

“O PMDB reconhece a necessidade da aprovação do ajuste, sabemos que não é uma medida agradável, mas nós temos o convencimento dela para o ajuste da economia. No entanto, esse mesmo convencimento deve ter o partido da presidente da República, que é o partido que comanda a coalisão, comanda a condução da política macroeconômica do país. Se eles não tiverem esse convencimento, como demonstraram ontem, isso implicará na não aprovação do ajuste fiscal”, explicou.

Caso não se tenha uma posição do Partido dos Trabalhadores, Picciani  crê que a votação para a matéria seja adiada. “Salvo se tiver alguma posição muito firme e clara do PT em defesa do tema, em defesa da necessidade do ajuste, eu acredito que a matéria não será votada hoje”.

Sobre encontro com líder do PT na Câmara, Picciani afirmou que esteve em reunião com ministros e líderes de outros partidos também e que eles sabem do posicionamento do PMDB.

O deputado disse ainda que o PMDB possui esta “consciência” que Dilma pede e completou: “é preciso que o partido da presidente tenha a mesma compreensão”.