Líder do PSDB aposta em avanço do impeachment: “56 a 21”

  • Por Jovem Pan
  • 11/05/2016 16h42
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Plenário do Senado durante sessão não deliberativa. À mesa, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB). Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado Edilson Rodrigues/Agência Senado Cássio Cunha Lima - Ag. Senado

Apesar da tendência de se estender até a madrugada, os discursos dos senadores estão previstos no regimento interno da Casa, segundo o líder do PSDB no Senado.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) afirmou que, “por mais longa que seja a noite, amanhecerá” e que o alvorecer do novo dia simbolizará uma virada de página.

“Chegamos até aqui graças ao povo livre do nosso País. Povo que não está filiado a partidos políticos e que quer mudança. Precisamos compreender que o desfecho cria a oportunidade de termos uma República de novo, livre de corrupção. Não será um tempo fácil, mas é preciso virar a página e estamos virando a página”, disse.

Sobre a votação, que deve avançar a madrugada desta quinta-feira (12), o tucano apostou: “acredito que serão 77 senadores votando e meu palpite é de 56 votos a favor contra 21”.

Eventual Governo Temer

Cássio Cunha Lima reiterou que o Brasil está no ponto em que está “porque o povo quis”. O tucano reafirmou que “não dá para fazer mais do mesmo” e que o desafio de Michel Temer é compreender esse momento da história.

Ele criticou ainda o Governo Dilma que “empurrou o Brasil” para a crise. “O desafio está lançado para que se possa tirar o País do abismo pelo qual foi empurrado pela incompetência do PT. Foram os crimes de responsabilidade, a grande fraude fiscal que empurrou o Brasil para essa crise”.

O que acontece se impeachment avançar

Caso o processo de impeachment seja aceito em plenário, o Senado Federal brasileiro terá cinco meses para julgar a presidente afastada Dilma Rousseff. As sessões de julgamento serão presididas excepcionalmente pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski.

O julgamento final virá novamente dos votos dos senadores. Se dois terços dos parlamentares (54 senadores) entenderem que Dilma é culpada por crime de responsabilidade, a petista é afastada definitivamente da Presidência e Michel Temer conclui seu mandato até 31 de dezembro de 2018. Se absolvida, Dilma Rousseff retoma a cadeira presidencial imediatamente.

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