Líder do PT diz que foi ao “Lula Livre”, mas não em dia de sessão na Câmara

  • Por Estadão Conteúdo
  • 16/04/2018 18h23
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Agência Brasil Deputado ressaltou ainda que "atividades partidárias são consideradas atividades legislativas"
O líder da bancada do PT na Câmara, deputado Paulo Pimenta, afirmou não ter comparecido a Curitiba em “nenhum dia de sessão” na Casa e que “são absolutamente ridículas” ações populares do Movimento NasRuas para que parlamentares que foram prestar solidariedade a Lula preso devolvam seus dias/salário.

NasRuas encabeçou em 2016 o impeachment da ex-presidente Dilma. Na semana passada, o movimento levou à Justiça um bloco de ações populares contra seis parlamentares – subscritas pela jornalista Joice Hasselman, pela líder do movimento, Carla Zambelli e pelo advogado Júlio César Martins Casarin – que miram os senadores Lindbergh Faria (PCdoB/RJ), Roberto Requião (MDB/PR) e Gleisi Hoffman (PT/PR) e, ainda, os deputados federais Wadih Damous (PT/RJ) e Paulo Pimenta (PT/RS) e a deputada estadual pelo Rio Grande do Sul Manuela D’Ávila (PCdoB).

O movimento questiona o suposto uso de verbas públicas para “atividade de cunho particular”.

Segundo NasRuas, os parlamentares “então de plantão no local, recebendo do erário público para não trabalhar”.

O movimento sustenta que “os mesmos senadores e deputados incorrem a prática evidente de improbidade administrativa, pelo fato de estarem em pleno gozo do exercício de seu mandato e utilizarem dinheiro público para uma atividade de cunho particular”.

“Estranha a história”, reagiu Paulo Pimenta. “Eu não estive em Curitiba nenhum dia de sessão. Eu fui a Curitiba em uma reunião da executiva nacional do PT.”

O deputado ressaltou que “atividades partidárias são consideradas atividades legislativas”.

“Líder da bancada partir para um executiva nacional do seu partido. Portanto, o líder da bancada, atividades partidárias são consideradas atividades legislativas. Então, é ridículo.”

Paulo Pimenta tem sido presença frequente no acampamento “Lula Livre”, no entorno da Polícia Federal de Curitiba, onde o ex-presidente cumpre pena de 12 anos e um mês de reclusão no caso triplex.

Após o encarceramento do petista, os líderes do PT na Câmara e no Senado decidiram transferir provisoriamente a Executiva Nacional do partido para a capital paranaense.

Também tem marcado presença no acampamento Lindbergh. Em resposta às ações do NasRuas, ele afirmou ter pago as passagens para Curitiba, “como é público e notório”. “Isso é coisa de gente desocupada que defende o Temer mas anda com vergonha de assumir”.

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