Líder do Vem Pra Rua defende “controle de indignação” com conteúdos de delação

  • Por Jovem Pan
  • 11/12/2016 12h51
Rogério Chequer

Após o Brasil receber a informação de mais nomes envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, um dos líderes dos movimentos que defenderam o impeachment de Dilma Rousseff e o fim da corrupção disse que é preciso “controlar a emoção e a indignação” com as informações vazadas da delação de Cláudio Melo Filho, ex-vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.

Em entrevista exclusiva à Jovem Pan, o líder do Vem Pra Rua, Rogério Chequer, afirmou que as notícias sobre os políticos envolvidos são mais um “desenvolvimento não esperado”, e que, conforme aparecem mais informações, o que era rumor vai se confirmando.

Chequer, no entanto, acredita que é preciso “controlar a emoção, controlar as reações e a indignação”. Segundo ele, não é para se achar normal o que ocorre, mas que se tenha lucidez para saber o que fazer daqui para frente. “A gente tem que tomar cuidado para não acusar precocemente os nomes que aparecem na imprensa. Não podemos pegar todos os nomes e colocar nas mesmas listas. É preciso ter a lucidez para saber o que se fazer em cada caso”.

O líder do movimento disse saber que a reação inicial da sociedade não é ter paciência diante de tais fatos, mas reiterou seu pedido e afirmou que está agindo “na contramão para forçar a reflexão que reações não são as mais prudentes para o futuro do País. Não dá para não se indignar, mas a reflexão é pegar essa energia e ver o que podemos fazer para melhorar da próxima vez”, defendeu.

Sobre uma reação dos movimentos de rua, Chequer afirmou que é preciso saber o conteúdo das acusações e selecionar o nível de gravidade do que aparece. “Concentrar toda a estrutura, a forma problemática de fazer política no presidente Michel Temer, não apenas é realidade como não vai ajudar o País a sair da crise”, disse.

Rogério Chequer saiu em defesa do presidente e atribuiu a responsabilidade também ao Judiciário e Legislativo. “As pessoas, ao pensarem em pedir a renúncia de Temer, não pensam que grande parte das coisas que ocorrem não cabe apenas ao Governo federal, mas à maioria dos deputados e senadores”.

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