Líderes de oposição se abstêm em reunião de conselho e criticam intervenção no RJ
O presidente Michel Temer continua reunido no Palácio do Planalto com o líder do governo no Senado, Romero Jucá, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, do Senado, Eunício Oliveira e o ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun.
“A decisão da intervenção não está baseada em dados que existem”, criticou Costa. Para Guimarães, a edição do decreto partiu de uma decisão “atabalhoada” e foi um “tiro no escuro”. “Na reunião ficou muito claro que não houve planejamento”, disse o deputado.
Os líderes disseram que pediram informações sobre aumento da criminalidade no Estado, resultados de outras ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro, além de gastos e resultados esperados com a intervenção, e não obtiveram respostas.
De acordo com Costa, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, utilizou três reportagens de jornais como base para a sua explanação no encontro. O senador avaliou que a decisão pela intervenção partiu de notícias sobre a criminalidade durante o feriado de carnaval, mas “não foi balizada em dados de alguma mudança significativa que viesse a justificar a decisão”. “Por que outros instrumentos não foram utilizados antes?”, questionou o senador.
Costa e Guimarães se abstiveram da votação do Conselho sobre o decreto nesta segunda-feira, mas destacaram que o pleito era meramente simbólico, pois o grupo tem apenas caráter consultivo. Eles afirmaram que não votaram contra o decreto porque querem consultar os demais membros da minoria para se posicionar antes da votação na Câmara. Uma reunião está marcada para as 17h.
“A Minoria vai avaliar e vamos tirar posição. Dificilmente votaremos uma matéria dessas sem informações e sem objetivos e motivações. Podemos fazer obstrução, mas ainda vamos avaliar”, declarou Guimarães.
Segundo ele, os representantes das Forças Armadas cobraram o governo durante a reunião por mais recursos e mais tecnologia para conseguirem tomar as medidas necessárias no Estado do Rio.
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