Líderes do MBL e Vem Pra Rua negam ser contra exoneração de Medina
Segundo HolidayFernando Holiday - Agência Brasil
O Palácio do Planalto anunciou nesta sexta-feira (9), por meio de nota, a exoneração do advogado-geral da União, Fábio Medina Osório. Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo, movimentos que foram favoráveis ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff, inclusive o Movimento Brasil Livre e o Vem pra Rua, estariam se posicionando contra o governo após a ação e teriam inclusive preparado uma carta a ser divulgada nas redes sociais. Segundo um dos líderes do MBL, Fernando Holiday, existe sim certa pressão sobre o governo de Michel Temer, mas a respeito da demissão de Medina o grupo segue, por enquanto, isento.
“Até agora não está nada muito claro sobre o motivo da exoneração. A gente não pode tomar nenhum tipo de medida precipitada. A gente primeiro está pressionando para que haja os esclarecimentos devidos, do porquê, de fato, houve essa exoneração, se há algum motivo plausível para isso, para que aí o movimento tome de fato uma posição. Por enquanto, a pressão é só mesmo para que os devidos esclarecimentos sejam dados à população”, disse o líder do MBL.
A respeito da carta elaborada pelos grupos, Holiday disse ter conhecimentodela, mas julgou equivocada a reportagem de O Globo ao incluir o MBL entre os responsáveis pela nota. “Eu teria que confirmar essa informação, alguns movimentos assinaram uma nota conjunta, mas o MBL não assinou essa nota. Acredito que houve um equívoco.”
Além do representante do MBL, o líder do movimento Vem pra Rua, Rogério Chequer, negou de forma veemente apoiar esta ação contra o governo Temer. “Nós não estamos apoiando essa ação. Não foi uma pessoa do nosso movimento que passou essa informação, não confere com a realidade. A gente não está envolvido nesse caso a ponto de ter identificado eventuais causas negativas desse processo de exoneração.”
O agora ex-advogado-geral da União foi demitido do cargo após uma briga entre ele e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. Para o lugar de Fábio Medina, o Planalto confirmou Grace Mendonça, que é a primeira mulher a assumir o posto máximo do órgão.
Segundo Holiday, o objetivo do movimento é fazer com que o governo Temer não cometa os mesmos erros do antecessor.
“O Movimento Brasil Livre vai sim passar a pressionar o governo Temer, já vinha fazendo isso enquanto ele era interino, para que siga um caminho contrário ao que vinha seguindo o governo petista. Estaremos atentos para qualquer tentativa, por exemplo, de atrapalhar as investigações da Lava Jato, ou de nomear ministros que sejam investigados. Mas essas pressões não necessariamente implicam pedir a saída do governo Michel Temer”, afirmou ele.
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