Líderes se manifestam sobre relatório que trata do impeachment de Dilma

  • Por Agência Brasil
  • 11/04/2016 14h05
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Brasília - A comissão especial que analisa denúncia contra a presidenta Dilma Rousseff vota parecer do relator Jovair Arantes, que apontou que Dilma precisa ser julgada pelo Senado por crime de responsabilidade fiscal (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Reunião da comissão do impeachment vota parecer do relator; confira

Líderes dos 25 partidos com representação na Câmara vão começar um revezamento nesta segunda-feira (11) se manifestando sobre o relatório do deputado Jovair Arantes (PTB-GO) favorável à continuidade do pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A previsão é que cada liderança tenha 5 ou 10 minutos, dependendo do tamanho das bancadas, até que a votação do texto seja iniciada, com previsão para às 17h desta segunda-feira. Há mais de meia hora, o presidente da comissão, Rogério Rosso (PSD-DF), responde questões de ordem apresentadas em dias anteriores e outras manifestadas hoje.

Rosso decidiu que a votação será simbólica, ou seja, sem a identificação de cada voto e, em caso de empate, prevalecerá o voto do relator. Na comissão especial, o resultado depende da maioria simples. Independente do resultado, o parecer será votado em plenário onde são necessários 2/3 dos votos dos 513 deputados. O parecer será lido na primeira sessão plenária após a votação na comissão e publicado no Diário Oficial da Câmara, para que, 48 horas depois, possa ser votado.

Debates

Nesta segunda, Jovair Arantes teve 40 minutos para rebater os debates na última sexta-feira e madrugada de sábado, quando 61 dos 116 deputados inscritos para falar discutiram o parecer. Nos discursos, 39 parlamentares defenderam o parecer de Arantes pela legalidade dos argumentos contidos na denúncia do processo de impeachment. Outros 21 se posicionaram contrários ao texto. PT, PDT e Psol anunciaram que vão apresentar votos em separado contrários ao relatório.

Do outro lado, o advogado-geral da União, José Eduardo Cardozo, voltou a declarar o relatório nulo e a afirmar que não há fundamentos jurídicos para o processo. Ele atacou o relator de ter “vontade de impeachment” e votar fundamentado “na dúvida”.

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