Liminar que pede sanção a Dilma pretende “eliminar precedente perigoso”, diz Dias

O senador Álvaro Dias (PV) falou em entrevista exclusiva à Jovem Pan, neste domingo (04) sobre o mandado de segurança apresentada por seu partido e outras siglas pedindo a anulação da segunda parte da votação do impeachment de Dilma Rousseff, que manteve seus direitos políticos apesar do afastamento.
Um dos primeiros a se manifestarem pela medida, Dias diferencia o pedido dele protocolado junto ao STF do da defesa de Dilma. “O mandado de segurança que pede anulação da sessão (inteira) é do PT”, diz. “O nosso pede a anulação da votação que não deveria ter acontecido e valoriza a votação do impeachment”.
O senador afirma que retirar os direitos políticos da presidente afastada “não se trata de ser maldoso, perverso ou generoso, mas de cumprir a Constituição”. Ele critica o fatiamento da votação: “o que se fez no Senado? Rasgou-se a Constituição”. Para Dias, “o que houve foi um conluio, uma vergonhosa armação”.
O parlamentar disse ainda que “o que se quer é extirpar, eliminar esse precedente perigoso do mundo jurídico”. Álvaro Dias teme que o receio popular se concretize e outros políticos acusados de desmandos não percam o direito de se candidatar novamente.
Comentários
Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.