‘Grave crise ambiental, humana e estrutural de Maceió precisa de amparo urgente do governo federal’, diz Lira

Deputado federal por Alagoas, presidente da Câmara cobrou recursos para garantir ‘condições de atendimento aos moradores atingidos e ações para combater o problema gerado pela exploração do sal-gema’

  • Por Karoline Cavalcante
  • 01/12/2023 15h44 - Atualizado em 01/12/2023 16h01
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Deriky Pereira/UFAL Maceió Região desapropriada em Bebedouro, em Maceió, no Estado de Alagoas

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira, 1°, que solicitou aos órgãos responsáveis a disponibilização de recursos e a edição de uma medida provisória para garantir amparo a população de Maceió, que sofre com o risco de uma mina da Braskem entrar em colapso. A empresa é responsável pela exploração de sal-gema na região. De acordo com a Defesa Civil, nas últimas 48 horas o solo cedeu 1 metro e continua afundando a uma taxa de 2 centímetros a cada 60 minutos. “A grave crise ambiental, humana e estrutural em Maceió precisa de um amparo urgente do governo federal. Solicitei aos órgãos responsáveis a viabilização de recursos e a edição de medida provisória que garantam à Prefeitura de Maceió condições de atendimento aos moradores atingidos e de empreender ações para combater o problema gerado pela exploração do sal-gema”, disse Lira em sua rede social X, (antigo Twitter).

O senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL) pediu, em reunião com o presidente em exercício, Geraldo Alckmin, no Palácio do Planalto, atenção especial para a situação do Estado afetado. “Essas pessoas têm de ser realocadas, tem que se preocupar com que elas vivam com qualidade. Não é colocar em qualquer outro local. O pedido foi justamente esse para o presidente, que pudesse dar essa garantia de um suporte financeiro ao município de Maceió, de uma maneira emergencial”, explicou Cunha.

Os ministros Renan Filho (Turismo), Wellington Dias (Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome) e Waldez Góes (Integração Desenvolvimento Regional) estão na cidade acompanhando a situação para discutir as medidas emergenciais de médio e longo prazo. “Não é hora de atribuir responsabilidade a quem não deve. A Braskem precisa ser responsabilizada civil e criminalmente pelo crime ambiental cometido em Maceió, garantindo a reparação aos danos materiais e ambientais causados aos maceioenses”, disse Filho, que já foi governador de Alagoas.

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