Lira pede tempo para Temer se estruturar e prevê decisão em menos de 180 dias
O presidente da Comissão Especial do Impeachment(ag senado) Raimundo Lira
Após a votação histórica que afastou Dilma Rousseff da Presidência da República na manhã desta quinta-feira (12), o presidente da comissão especial do impeachment no Senado, Raimundo Lira (PMDB-PB), conversou com a Jovem Pan e explicou a sequência do processo.
O senador informou que a partir de agora a comissão para a ser processante, e que haverá uma reunião no plenário do Senado com Ricardo Lewandowski, presidente do STF, para traçar o rito desta segunda fase do processo, às 16h desta quinta.
“Teremos oitivas, mas não funcionará como uma CPI, e sim como um processo jurídico propriamente dito”, disse. Lira ainda comentou que, apesar de a constituição prever 180 dias para o julgamento do afastamento de Dilma, a comissão não deve usar todo o tempo.
“Não seria bom para o País uma espera muito longa, mas também não vamos encurtar muito, pois daria prejuízo para a defesa”, comentou. Segundo ele, será um “equilíbrio para tempo e trabalho justo que satisfaça todas as partes”.
Lira também reforçou que a votação expressiva – 55 votos a favor do afastamento e 22 contra – “mostrou claramente que os senadores querem realmente uma mudança no governo brasileiro”.
Com Michel Temer, que assume o cargo de presidente já nesta quinta-feira, Raimundo Lira pediu paciência e apoio da população brasileira. “Esperamos que a exemplo dos presidentes que assumem em outros países ocidentais Temer tenha 100 dias de esperança para se estruturar”, reforçou.
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