Lula diz que é grato à África por ‘tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão’

Petista foi a Cabo Vede e conversou com presidente José Maria Neves durante parada estratégica em volta de viagem à Bélgica

  • Por Brasília
  • 19/07/2023 13h46 - Atualizado em 19/07/2023 18h36
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Reprodução/Twitter Lula Lula e o presidente de Cabo Verde durante pronunciamento Lula e o presidente de Cabo Verde, José Maria Neves, durante pronunciamento

No retorno da cúpula de líderes da União Europeia e de países da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), em Bruxelas, na Bélgica, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez parada obrigatória em Cabo Verde para abastecer o avião presidencial, e aproveitou para realizar pronunciamento conjunto com seu homólogo, José Maria Neves, cumprindo sua primeira agenda oficial na África em seu terceiro mandato. “Nós queremos agora, com minha volta à Presidência, recuperar a boa e produtiva [relação] que o Brasil tinha com o continente africano”, disse Lula.

Neves destacou o retorno do Brasil aos fóruns de discussão internacionais, quando Lula voltou a afirmar que pretende ouvir especialistas para definir como o Brasil pode auxiliar países africanos, prioritariamente, nas áreas de educação, indústria e agricultura. “Nós brasileiros somos formados pelo povo africano. A nossa cultura, a nossa cor, o nosso tamanho, é resultado da miscinegação de índios, negros e europeus. E nós temos uma profunda gratidão ao continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, afirmou o presidente. Lula afirmou pretender retornar a Cabo Verde, arquipélago que integra a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), para uma visita de chefe de Estado e realizar uma série de visitas a nações africanas ao longo dos próximos anos, afirmando que deseja abrir embaixadas em países da região que não contam com esse tipo de representação.

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