“Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”, dizem apoiadores
Na madrugada desta sexta (6), no saguão do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que enfrenta um mandado de prisão emitido contra si, foi cumprimentar alguns manifestantes que fazem vigília no local em seu apoio.
O breve momento, repleto de abraços e choros, foi registrado e compartilhado em vídeo pelo apoiador Adilson Almeida com a legenda “não chore se for capaz” e compartilhado pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann.
Assista!E não chore,se fiz capaz! pic.twitter.com/QBs7Vyhw2p
— adilson almeida (@adilsonlula) April 6, 2018
Muitos queriam tocar, abraçar ou tirar uma “selfie” com o ex-presidente. Um pediu um “abraço mata-mosquito” e foi atendido.
Lula disse a uma apoiadora: “eu quero provar que eles é que estão cometendo crimes nesse País. Então eu estou tranquilo. Muito tranquilo. Tenha certeza disso”.
“Jesus te ama, nós te amamos, o povo te ama”, respondeu a mulher. “Força, Lula” e “você é o nosso paizão” também são ouvidos na gravação.
O canto mais entoado pelos manifestantes nesse momento era “O Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo”. Ele foi tratado como “presidente” .
No momento em que gritaram “Lula, ladrão, roubou meu coração”, o petista sorriu. Outro verso aclamado pelos simpatizantes foi “Lula na veia, Moro na cadeia”.
Algum manifestante pede para os militantes fazerem fotos, e não vídeos.
Lula foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro a 12 anos e 1 mês de prisão pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) no caso do tríplex da Lava Jato, que teria sido dado ao ex-presidente pela empreiteira OAS como propina por favorecimento em contratos da Petrobras.
Após recursos de “habeas corpus” preventivo negados pelo Superior Tribunal de Justiça e pelo Supremo Tribunal Federal, o juiz federal Sergio Moro, responsável pela Lava Jato, emitiu na tarde desta quina (5) o mandado de prisão contra Lula.
O ex-presidente tem até as 17h desta sexta (6) para se apresentar à Polícia Federal em Curitiba (PR), mas segue encastelado no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo do Campo (SP), enquanto sua defesa faz as últimas tentativas jurídicas para livrá-lo da cadeia.
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