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“Lula não honra as calças que veste”, decreta Marco Antonio Villa
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Jovem Pan
11/03/2016 14h21
Marco Antônio Villa falou sobre a investigação do ex-presidente Lula na Operação Lava Jato
Marco Antônio Villa no Pânico
Na última quinta-feira (10), o Ministério Público de São Paulo decretou a prisão preventiva de Lula. O ex-presidente foi acusado de lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, ocultação de patrimônio, dentre outros crimes. O historiado Marco Antônio Villa esteve no Pânico desta sexta-feira (11), dando sua opinião sobre o assunto.
Para ele, a ascensão de Luiz Inácio se explica, não pelas suas ideias políticas, mas “pelo outro lado, pela omissão da oposição em momentos importantes”, disse.
Famoso pela opinião extremamente sincera e assertiva, Villa não tem papas na língua ao se posicionar sobre o momento atual da política brasileira: “Lula é um ponto fora da curva da história do Brasil, é um homem que não honra as calças que veste”, decreta.
Impeachment
Villa fez um paralelo da história atual com os acontecimentos de 1992, quando um processo de impeachment culminou na renúncia do então presidente Fernando Collor de Mello. “Os crimes cometidos agora são muito superiores. Hoje existe uma conjuntura mais complexa, é a crise mais complexa da história do Brasil”, define.
Doutor em história pela Universidade de São Paulo, Marco Antônio explica que o País “sempre achou uma solução”. Na sua visão, a questão central do problema político não “é o amanhã, mas sim o hoje. E agora? Dilma fora”, pede. Ele vai além na questão da saída de Rousseff: “só podemos dizer que há estado democrático no Brasil se Lula for preso”. Para ele, a prisão preventiva de Lula significa uma verdadeira proclamação da república. “Todos são iguais perante a lei. O que tá acontecendo com ele é crucial para isso”, analisa. Futuro brasileiro
Marco Antônio acredita que a possibilidade de recuperação brasileira é rápida. “O País se recupera, precisamos ter confiança e expectativa. O que não funciona é um governo corrupto”, conta.
Por um outro lado, questionado sobre quem seria a melhor opção no caso de uma saída da presidente Dilma Roussef, enfatiza que “não tem alternativas. A política brasileira nunca foi tão ruim quanto agora”, analisa.
No próximo domingo (13) haverá um novo ato a favor do impeachment de Dilma e da prisão de Lula. Villa define a manifestação como uma recuperação “das melhores tradições que o brasileiro tem”. O professor ainda tem certeza que o ato será um sucesso e vai levar o Congresso a tomar uma decisão.
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