“Lula se matou politicamente”, diz FHC

  • Por Jovem Pan
  • 15/12/2017 08h43 - Atualizado em 15/12/2017 08h47
BRUNO ROCHA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Fernando Henrique Cardoso. Idoso de cabelos brancos falando ao microfone. Foto do rosto dele de perfil. O Ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso durante debate com Senador Cristovam Buarque na tarde desta quinta-feira (14). O senador lançou o livro "Brasil, Brasileiros - Por que somos assim?"

Para o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (FHC, PSDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) morreu politicamente.

“O Lula, ele mesmo se matou, como símbolo. De tudo que ele representava, de novo, de puridade, não sei o quê. Como é que vai representar hoje, com tantas evidências na outra direção?”, disse FHC nesta quinta-feira (14) em debate na fundação que leva seu nome. O tucano se referia às acusações criminais que pesam contra o petista, “o que está aparecendo” contra Lula e contraria “a esperança de uma nova ética”.

“[Lula] se matou no sentido político”, completou.

Fernando Henrique também minimizou as pesquisas eleitorais, em que o pré-candidato tucano, governador paulista Geraldo Alckmin, aparece com apenas 6% das intenções de voto, contra 34% de Lula. “Não significam muita coisa”, disse.

Para FHC, as lideranças do País “têm que reencantar”.

Falando sobre segurança pública, o ex-presidente afirmou que se o discurso de combate à violência for “apropriado” pelos “autoritários”, “eles ganham”. “Não pode deixar, porque não resolve matando. É pior”, afirmou, sem citar o pré-candidato Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que defende que a polícia tenha carta branca para matar.

FHC também afirmou que a saúde no Brasil não é tão ruim como se diz. “Isso não é verdade. Quem não usa acha que é ruim, quem usa não reclama tanto. Eu digo sempre: eu uso SUS, eu vou ao hospital do SUS”, disse o tucano. “Bem ou mal, hoje existe o SUS”.

O ex-presidente tucano participou do lançamento do livro “Brasil, Brasileiros — Por Que Somos Assim?”, organizado pelo senador Cristovam Buarque (PPS-DF) e pelos pesquisadores Francisco Almeida e Zander Navarro.

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