Máfia do ISS transformou “ambiente público numa praça de malfeitos”, diz juíza

  • Por Estadão Conteúdo
  • 06/06/2018 14h00
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Reprodução/TV Globo Para a magistrada, Ronílson demonstrou "personalidade desvirtuada, manipuladora e calculista, desprovida de freios morais"

Ao condenar o ex-subsecretário de Finanças de São Paulo Ronílson Bezerra Rodrigues e outros seis, a juíza Luciana Jabur Mouchaloite Figueiredo, da 21ª Vara Criminal de São Paulo, afirmou que a Máfia do ISS transformou “ambiente público numa praça de malfeitos”.

Acusado de ser o suposto líder da quadrilha, Ronílson pegou 60 anos de prisão e foi sentenciado à perda de bens a no valor de R$ 3,44 milhões.

Para a magistrada, Ronílson demonstrou “personalidade desvirtuada, manipuladora e calculista, desprovida de freios morais, com grave ruptura de caráter e crença na impunidade”. “Explicitou desmedida ganância e desejo de fácil enriquecimento, indiferente à elevada reprovabilidade moral e social das condutas criminosas”.

“Em clara deformação de caráter, o réu e os agrupamentos criminosos das duas fases da denúncia transformaram o ambiente público numa praça de malfeitos, acuando contribuintes através da manipulação da estrutura de serviço e da técnica, de que tinham profundo conhecimento, apostando que não seriam alcançados pelo braço desse mesmo Estado traído, que lhes dava o ganha-pão”, diz a juíza.

Também foram condenados os ex-fiscais Luís Alexandre Cardoso Magalhães (43 anos, 1 mês e 15 dias e perdimento de R$ 3.437 872,25), Eduardo Horle Barcellos (27 anos, 2 meses e 9 dias de reclusão e perdimento de R$ 1.355.510,94), Carlos Augusto Di Lallo Leite do Amaral (28 anos, 9 meses e um dia e perdimento de R$ 2.140.710,94), Amílcar Cançado Lemos (24 anos e 7 meses e perdimento de R$ 164.451,43), William Deiró (dois anos, 9 meses e 10 dias e perdimento de R$ 750.000,00) e Henrique Manhães Alves (6 anos e 9 meses e perdimento de R$ 102.700,00).

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