Maia afirma que ideia de retirar a idade mínima para a aposentadoria de policiais ‘é péssima’

  • Por Jovem Pan
  • 10/07/2019 15h02
Divulgação/Câmara dos Deputados O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) Ele argumentou que isso seria um privilégio da categoria

Para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a possibilidade de retirar a idade mínima para a aposentadoria dos policiais federais, rodoviários federais e legislativos “é péssima”. Ele argumentou que isso seria um privilégio da categoria e que, “se o brasileiro trabalhador e o regime próprio terão idade mínima, a polícia também precisa ter”.

“A construção de uma regra de transição igual a do regime próprio é uma sinalização que não é a melhor, mas ela é mais correta e mais justa porque faz uma transição igual a outros sistemas e não fica parecendo que está se protegendo uma categoria, que seja a polícia ou qualquer outra sem a idade mínima”, explicou.

De acordo com Maia, todos têm que participar porque, de outra forma, o sistema entrará em colapso fiscal e todos serão prejudicados.

O Podemos fez um destaque na proposta da reforma da Previdência para retirar a idade mínima de 55 anos para a aposentadoria dos policiais. Esta seria uma solução intermediária. Atualmente, o tempo mínimo de contribuição é de 30 anos para homens e de 25 anos para mulheres.

O governo e as lideranças partidárias relataram, no entanto, que um acordo nesta questão está próximo e que o destaque pode ser retirado.

Para a transição, está acertada a idade mínima de 53 anos para homens e 52 para mulheres e 100% do chamado pedágio, que se refere ao tempo que o policial terá que trabalhar a mais do tempo que falta para se aposentar para obter as chamadas integralidade (se aposentar com o último salário da ativa) e paridade (que é ter os mesmos reajustes dos servidores da ativa)

Eduardo Bolsonaro 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse nesta terça-feira (9) que os policiais também precisam dar a sua “cota de sacrifício” na reforma da Previdência. “É preciso ter uma certa maturidade para que a gente chegue a um consenso de que o Brasil está acima de tudo”, afirmou.

Essa é a mesma opinião do pai do deputado, Jair Bolsonaro, que disse algumas vezes que a categoria também precisa fazer alguns sacrifícios.

Na avaliação de Eduardo Bolsonaro, que é advogado e policial federal, o PSL deve demonstrar “coesão e unidade” na votação da matéria no plenário da Câmara, mas o parlamentar observou que não tem como controlar o posicionamento dos colegas de bancada. “Ninguém acorda querendo fazer uma reforma. Ninguém bate na porta do governo para trabalhar mais três, quatro, cinco anos. Mas ou o Brasil faz isso, ou daqui a pouco a gente vai chegar numa situação igual à da Grécia”, pontuou.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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