Maia chama Guedes de injusto, cita ‘usina de crises’ e diz que Câmara está carregando a Previdência

  • Por Jovem Pan
  • 14/06/2019 17h17 - Atualizado em 14/06/2019 18h02
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Marcelo Camargo/Agência Brasil Segundo Maia, sem articulação na Câmara, a reforma não seria aprovada

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), rebateu as críticas feitas pelo ministro da Economia, Paulo Guedes, às alterações feitas no projeto de reforma da Previdência. De acordo com ele, o ministro está “gerando uma crise desnecessária”.

“Hoje, infelizmente, é meu amigo Paulo Guedes gerando uma crise desnecessária”, afirmou Maia nesta sexta-feira (14), após participar seminário sobre o cenário político-econômico do país. “A vida inteira o ministro da Economia sempre foi o bombeiro das crises. Nós não vamos dar bola ao ministro Paulo Guedes pelas agressões que fez ao parlamento”, completou.

Mais cedo, o ministro criticou as mudanças propostas pelo relator Samuel Moreira (PSDB-SP) ao texto. Segundo ele, as modificações, que estariam “abortando a nova Previdência”, foram motivadas por “pressões corporativas” e pelo”lobby de servidores do Legislativo”.

“Quero saber por que o ministro Guedes assinou uma regra de transição mais flexível no projeto de reforma para os militares”, questionou o parlamentar sobre as críticas.

Além de dizer que Guedes está criando problemas, Maia afirmou que o ministro está sendo injusto em suas declarações. O presidente da Câmara também aproveitou para criticar a articulação do governo, acrescentando que a Casa está conquistando votos sozinha pelo projeto.

“Eu acho que o ministro Paulo Guedes não está sendo justo com o parlamento brasileiro que está conduzindo sozinho a articulação para aprovação da reforma da Previdência. Se nos dependêssemos da articulação do governo nós teríamos 50 votos, não a possibilidade de ter 350 como nós temos hoje.”

“Se o governo não entende que existem pobres no Brasil que precisam ser cuidados pelo parlamento e pelo governo, isso é um problema deles”, disse Maia. “Nós queremos que a pobreza diminua que o desemprego caia no Brasil, que voltamos a ter esperança na educação e saúde”, continuou Maia, que ressaltou que o projeto não é do presidente Jair Bolsonaro, mas sim de todo o país.

*Estadão Conteúdo

 

 

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