Amazônia: Maia diz que visão internacional em relação ao Brasil está piorando

  • Por Jovem Pan
  • 22/08/2019 21h37 - Atualizado em 22/08/2019 21h37
Marcelo Camargo/Agência Brasil Comissão anunciada por ele tentará encontrar possíveis soluções para o problema

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, afirmou nesta quinta-feira (22) que o “ambiente internacional em relação ao Brasil acerca das queimadas da Amazônia vem piorando e pode gerar inclusive problemas futuros”. Segundo ele, a comissão externa anunciada por ele hoje tentará encontrar possíveis soluções para o problema.

Maia disse que a bancada do agronegócio e a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, estariam preocupados com a possível desconfiança gerada sobre a produção brasileira.

Ele declarou, ainda, que conversou com Bolsonaro ontem sobre o assunto e o alertou para a percepção de que haveria um ruído externo. No entanto, deixou claro que não quer criticar o presidente e afirmou acreditar que não há uma visão pró-desmatamento pelo governo. “Não estou aqui para polemizar com o presidente”.

O presidente da Câmara contou que, a pedido da bancada do agronegócio, se reunirá com a embaixada da Grã-Bretanha e, se for necessário, com parlamentos na Europa “para mostrar que o parlamento brasileiro, em diálogo com governo, não pretende em nenhum momento aprovar leis que flexibilizem a preservação do meio ambiente”.

Discordou do STF

Questionado, Maia reforçou sua discordância em relação à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) na análise de pontos da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) que beneficiariam os Estados. Apesar de ter adiado a sessão, a Corte já construiu maioria contra o pedido de que salários do funcionalismo estadual sejam diminuídos, junto com redução de carga horária como forma de ajuste das contas.

Segundo ele, a ação do STF “cria mais um obstáculo” para os Estados. Maia apontou que uma alternativa ao problema que estaria dentro do escopo do Congresso seria tentar tratar “alguns pontos” por meio de uma emenda constitucional. Ele citou, por exemplo, mudanças no regime jurídico para contratações futuras de pessoal por parte dos Estados.

* Com informações do Estadão Conteúdo

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