Mairiporã, na Grande SP, registra 22 mortes de macacos por febre amarela

  • Por Estadão Conteúdo
  • 01/12/2017 12h39
Agência Brasil O município não tem registros de casos suspeitos em humanos, segundo a gestão municipal

A Prefeitura de Mairiporã, na Grande São Paulo, informou que 22 macacos encontrados mortos no município estavam infectados com o vírus da febre amarela. Entre agosto e novembro, houve o registro de 90 mortes de primatas e 50 casos ainda estão em análise no Instituto Adolfo Lutz.

O município não tem registros de casos suspeitos em humanos, segundo a gestão municipal. Dos 90 macacos, sete não puderam ser analisados porque estavam em avançado estado de decomposição e nove tiveram resultados negativos.

A prefeitura do município disse que os registros do ano de 2017 tiveram início no mês de agosto, quando também começou a campanha de imunização da população. Até o momento, 70 mil pessoas foram vacinadas, o que corresponde a 75% da população, de acordo com a gestão.

Na capital, onde um macaco foi encontrado morto no Horto Florestal (zona norte) em outubro, há quatro casos confirmados de infecção em macacos. O Horto Florestal e o Parque Estadual da Cantareira, além de 13 parques municipais estão fechados. Na zona leste, o Parque Ecológico do Tietê também foi fechado.

A médica Adriana Homem é moradora de um condomínio perto da Serra da Cantareira e conta que encontrou dois macacos da espécie bugio, um morto e outro doente, em seu quintal na quarta-feira, 29. “Desde domingo, foram 13 macacos mortos só no (condomínio) Sausalito. Isso não existia. A gente nunca tinha presenciado mortes ou visto macacos mortos. É um descaso”, reclamou.

Adriana diz que ainda tentou socorrer um dos animais, mas ele não resistiu. “O que sangrava ainda estava vivo, meu filho foi fazendo massagem cardíaca no macaco, tentamos salvar.” Ela afirma que tem ocorrido demora para o recolhimento dos animais.

Em nota, a prefeitura de Mairiporã informou que “todos os primatas mortos estão sendo recolhidos – seja de qualquer localidade, incluindo condomínios – e as vísceras são encaminhadas à análise do Instituto Adolfo Lutz, conforme protocolo da Secretaria de Estado da Saúde. Se eventualmente há demora para retirada de animais mortos, isso ocorre em razão da grande demanda”.

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