Mais 11 lotes de cerveja Backer estão contaminados, informa ministério

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2020 08h31
Reprodução/Facebook Até o momento, as análises realizadas pelos laboratórios federais de Defesa Agropecuária constataram 32 lotes contaminados

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento divulgou no início da noite deste sábado (18) os resultados de análises que detectaram a presença do contaminante dietilenoglicol em mais 11 lotes de cervejas Backer.

Até o momento, dez produtos da Cervejaria Backer testaram positivo para as substâncias tóxicas: Belorizontina, Capixaba, Capitão Senra, Pele Vermelha, Fargo 46, Backer Pilsen, Brown, Backer D2, Corleone e Backer Trigo.

Até o momento, as análises realizadas pelos laboratórios federais de Defesa Agropecuária constataram 32 lotes contaminados. Confira a lista completa ao final da matéria.

Diante do risco iminente à saúde pública, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na sexta-feira (17) a interdição de todas as marcas de cerveja Backer com data de validade igual ou posterior a agosto de 2020.

O Mapa também definiu, com a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacom) do Ministério da Justiça e Segurança Pública, os procedimentos para intimar a empresa a fazer recall dos produtos em que já foi constatada a contaminação, bem como dos produtos que ainda não tiveram a idoneidade e segurança para o consumo comprovadas para o consumidor. A medida é preventiva e vale para todo o Brasil.

Quatro óbitos por intoxicação do dietilenoglicol já foram registrados no Estado.

Todos os pacientes internados devido à síndrome nefroneural apresentaram insuficiência renal aguda de evolução rápida, ou seja, que levou a pessoa a ser internada em até 72 horas após o surgimento dos primeiros sintomas, e alterações neurológicas centrais e periféricas, que podem ter provocado paralisia facial, embaçamento ou perda da visão, alteração sensório, paralisia, entre outros sintomas.

Investigação

A Polícia Civil não descarta nenhuma hipótese, nem mesmo a suspeita de que um ex-funcionário demitido pela Backer possa ter agido por vingança. “Não posso afirmar se foi uma sabotagem ou um erro. Ainda não é o momento da investigação para isso”, disse o delegado Flávio Grossi.

“Hoje, o que afirmamos é que os elementos tóxicos encontrados nas garrafas [de cerveja], no sangue das vítimas e dentro das empresas [provém] de produtos em comum. Crime acreditamos que houve. Por isto instauramos um inquérito policial”, disse o delegado.

Confira a lista dos lotes contaminados

lotes contaminados backer

*Com informações da Agência Brasil

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