Mais 73 agentes chegam para reforçar força-tarefa em prisões no Amazonas

  • Por Jovem Pan
  • 30/05/2019 17h56
Marcelo Camargo/Agência Brasil Até esta sexta-feira (31), outros agentes devem chegar a Manaus, totalizando o efetivo de 100 profissionais

Oitenta e três agentes da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), do governo federal, já estão atuando nos estabelecimentos prisionais do Amazonas onde ocorreram assassinatos na última semana. Dez agentes já estavam na capital Manaus desde a noite desta terça-feira (28), e outros 73 chegaram nesta quinta (30).

Os profissionais foram enviados a pedido do governo estadual. Eles reforçarão a guarda, vigilância e custódia de presos no sistema penitenciário. O efetivo atuará em conjunto com as forças de segurança locais, cabendo ao governo do estado supervisionar e dar todo o apoio logístico necessário para a execução das atividades e serviços.

A força-tarefa atuará pelo período de 90 dias. Ontem (29), o secretário estadual de Administração Penitenciária (Seap), tenente-coronel Vinícius Almeida, afirmou que os agentes trabalharão no interior das unidades.

“Vai ser uma grande troca de experiências, de conhecimentos e até uma capacitação [dos agentes locais], já que eles têm um procedimento específico e nós iremos aprender juntos e melhorar ainda mais o nosso sistema”, disse.

De acordo com Almeida, até amanhã (31), outros agentes devem chegar a Manaus, totalizando o efetivo de 100 profissionais.

O secretário afirmou que os presos foram mortos durante uma briga entre detentos de dois pavilhões, e não uma rebelião no interior do Compaj.

“Quando a força tarefa chega aos estados, e isto vale para todos os casos em que a força já atuou, os agentes encontram uma unidade prisional destruída, com os presos dominando a cadeia, fora das celas, que estão destruídas. No Amazonas não foi esta a realidade encontrada. O que houve foi uma briga entre os presos. Nossa ação foi de resgatá-los”.

Força-tarefa de Intervenção Penitenciária

A FTIP, foi criada em janeiro de 2017. Na atual gestão, o Depen passou a coordenar, exclusivamente, a força-tarefa em apoio aos governos estaduais em situações extraordinárias de crise no sistema penitenciário para controlar distúrbios e resolver outros problemas.

A Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) é responsável pela segurança da área externa do Complexo Penitenciário Anísio Jobim desde 09 de janeiro de 2017. A FNSP continuará atuando no local.

Mortes no Amazonas

Após a morte de 55 detentos em menos de 48 horas, o governo decidiu separar os mandantes do massacre em presídios federais. O Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, foi palco de uma chacina neste domingo (27) que deixou 15 detentos mortos. Na segunda, o governo confirmou que mais 40 pessoas foram encontradas mortas dentro de celas de três estabelecimentos prisionais.

* Com informações da Agência Brasil

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