Mais de 30 ônibus são incendiados no Rio de Janeiro após confronto da Polícia com milicianos
Ataques foram realizados em resposta à morte de um dos integrantes da maior milícia do Estado, o sobrinho do miliciano Zinho
Na tarde desta segunda-feira, 23, cerca de 35 ônibus foram incendiados na capital do Rio de Janeiro, com maior concentração na Zona Oeste. Diversas vias foram interditadas e contam com a presença de bombeiros e da Polícia Militar no reforço de segurança. O Centro de Operações Rio (COR-Rio) informou que incidentes foram registrados em Guaratiba, Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande e Avenida Brasil. Informações preliminares indicam que os incêndios foram realizados por milicianos em resposta à morte de um dos integrantes do grupo em confronto com a Polícia Civil. Matheus da Silva Rezende era sobrinho do miliciano Zinho e teria recebido tiros durante operação na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste do Rio. Ele seria o segundo na hierarquia da milícia da região, considerada a maior do Rio de Janeiro.
Em represália, colocaram fogo no ônibus em Paciência, Zona Oeste do Rio. pic.twitter.com/gVZJ1rhAmA
— Comanf (@Comanf021) October 23, 2023
Estrada de Santa Eugenia – Paciência
Zona Oeste Rj pic.twitter.com/WO92PqdDk2— @Jopelim (@PrJosiasPereir3) October 23, 2023
🚨 Notícia Rio de Janeiro :
Mais de vinte ônibus foram incendiados em diferentes pontos da Zona Oeste após a morte do criminoso conhecido como Faustão, o segundo na hierarquia da milícia do Zinho, a maior do Rio. pic.twitter.com/79w7NpDTfW
— Junior cardoso (@jun_cardoso) October 23, 2023
Zinho é o miliciano mais procurado do Estado. Ele herdou os negócios de seu irmão, Wellington da Silva Braga, conhecido como Ecko, que morreu em 2021 em um cerco da Polícia Civil. Zinho, Ecko e a família Braga expandiram seus domínios nos últimos anos dentro da milícia fundada por Carlos Alexandre Braga, o Carlinhos 3 Pontes, que morreu em 2017 também em um confronto com a polícia. As forças de segurança do Rio de Janeiro montaram uma espécie de força-tarefa em 2020, durante a pandemia, para tentar asfixiar os grupos paramilitares e reduzir o poderio dos milicianos. Desde então, mais de mil pessoas já foram presas.
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