Mais de 22 mil jovens estão internados em regime fechado no Brasil, aponta CNJ

  • Por Jovem Pan
  • 12/11/2018 15h15 - Atualizado em 12/11/2018 16h56
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Luiz Silveira/Agência CNJ Do total, 17,82% dos menores infratores estão em internação provisória, ou seja, aguardando julgamento

O Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e das Medidas Socioeducativas do CNJ, Conselho Nacional de Justiça, publicou um levantamento que revela que mais de 22 mil jovens infratores estão internados em regime fechado no Brasil. Não foram levados em consideração os regimes de semiliberdade e liberdade assistida.

Desses 22 mil, 17,82% são menores infratores em internação provisória. Na prática, em números totais, isso equivale a 3961 jovens internados aguardando julgamento. O relatório também aponta a quantidade de meninas no sistema carcerário socioeducativo. Ao todo, as 841 garotas representam 8,42% do total. E o número pode ser maior, já que três estados não entregaram dados relativos a este tópico. São eles Minas Gerais, Amazonas e Sergipe.

O estado que apresenta o maior número de internos é São Paulo, com cerca de 35% do total, 7911 mil jovens. Em segundo lugar está o Rio de Janeiro, com 7,5%, seguido por Minas Gerais (6,9%) e Pernambuco (5,9%).

Quando o assunto são os internos aguardando decisão judicial, o líder da lista com maior número de jovens é o Amazonas. Cerca de 44% dos internos no Amazonas são provisórios. O estado é seguido por Ceará (37,68%) e Maranhão (32,49%). Veja abaixo.

O levantamento foi realizado para que o órgão pudesse ter um parâmetro do sistema carcerário socioeducativo durante a gestão do ministro Dias Toffoli, atual presidente do CNJ. O objetivo é mapear os setores que precisam de maior atenção dos programas da pasta.

“Uma das ações será conhecer de perto a realidade de alguns estados que possuem um número elevado de adolescentes internados provisoriamente, quando comparados com os demais, para que essas discrepâncias possam ser analisadas e, eventualmente, corrigidas”, disse o juiz auxiliar de Toffoli, Márcio da Silva Alexandre.

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