Mais uma mulher acusa João de Deus de abuso sexual

  • Por Jovem Pan
  • 09/12/2018 11h54 - Atualizado em 09/12/2018 11h56
Fotos Públicas Somadas, as denúncias contra o médium João de Deus chegam a treze

Mais uma mulher acusou João Teixeira de Faria, o João de Deus, de abuso sexual. O relato foi feito ao jornal O Globo. Somadas, as denúncias feitas no programa Conversa com Bial, da TV Globo, e ao jornal, já são treze as acusações contra o médium.

De acordo com a mineira, de 32 anos, João de Deus tentou colocar a mão dentro das calças dela. Ela disse que a “ficha começou a cair” depois que viu os relatos na imprensa.

A primeira vez que ela foi a Abadiânia, em Goiânia — onde fica o hospital espiritual do médium –, foi em 2013, quando tinha 27 anos. Ela disse que chegou a considerar morar lá e que João de Deus ofereceu uma mesada para viver ali. “Disse que poderia ajudar no financiamento de um negócio, se eu quisesse”.

João de Deus sempre a chamava para conversar numa salinha. Num determinado dia, ela estava sentada de frente para ele e decidiu mostrar uma medalha que estava em seu colar e que havia trazido de Praga.

Segundo a vítima, João de Deus quis “guardar” a medalha dentro de seu decote. “Não gostei. Educadamente, segurei sua mão no meio do movimento, tirei a medalha de seus dedos e, ainda segurando sua mão, coloquei-a sobre o colo dele”, relatou ela ao O Globo. Ele pediu que ela voltasse lá no dia seguinte. “Ele disse que faria um tratamento energético em mim, que precisaria da energia dele”.

Ao chegar lá, João de Deus “encaixou o corpo dele por trás” do dela e disse que era para “circular a energia.” “Passou as mãos pelas laterais do meu corpo, até chegar à parte da frente, como se estivesse me abraçando. Passando a mão no meu corpo sobre a roupa, disse que eu era muito forte, e de repente ele tentou colocar a mão dentro da minha calcinha. Foi quando eu conseguir dizer “não!”. Assustada, tirei a mão dele, rápido”, relatou.

“Dessa última vez tive muito medo, porque eu já tinha entrado ali antes, mas ele nunca tinha feito algo assim”, afirmou a mineria, acrescentando que ele ficou “irritado” com a forma como ela reagiu.

Segundo ela, “é muito difícil falar sobre tudo isso”. “Depois do que me aconteceu, descobri outros casos. Revoltada com o que tinha me acontecido, pesquisei na internet e encontrei várias coisas.”

“De certa forma, senti alívio, porque assim vi que eu não estava louca. Tinha outras mulheres que sofreram que nem eu”, concluiu a vítima.

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