Major Olímpio: ‘Derrubada do decreto das armas é derrota para a população’

  • Por Jovem Pan
  • 19/06/2019 09h04 - Atualizado em 19/06/2019 10h12
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Roque de Sá/Agência Senado O senador Major Olímpio afirmou que ‘prevaleceu o mimimi e o mantra do coitadismo’ na decisão do Senado Federal

O senador Major Olímpio (PSL-SP) declarou que ‘fez tudo o que era possível’ para aprovar o decreto das armas no Senado Federal nesta terça-feira (18). O líder do PSL na Casa falou em entrevista ao Jornal da Manhã nesta quarta-feira (19).

“O decreto não impõe a ninguém a condição de comprar armas, simplesmente abre a possibilidade ao cidadão. Quem comemora a derrubada são as facções, os criminosos e milicianos. No Brasil há cerca de 10 milhões de armas clandestinas, o dobro do armamento legalizado em posse da segurança pública. A derrubada do decreto das armas é derrota para a população”, lamentou Olímpio.

O senador alega que ‘prevaleceu o mimimi e o mantra do coitadismo’ na decisão. “Eu espero que os deputados que representam a população tenham uma sensibilidade maior em relação a defesa do cidadão. O Bolsonaro tinha um compromisso com a população em respeito ao resultado do referendo das armas em 2005”, lembrou.

O político lembrou dos presidiários mortos em Manaus, no Amazonas, no final de maio. “Tivemos 50 mortes sem nenhuma arma de fogo, a maioria [dos presos] foram mortos com cabo de escova de dentes. Armas não matam pessoas, mas pessoas matam pessoas”.

Major Olímpio ainda comentou a contradição de alguns políticos que são contra o decreto. “Eu vi muitas pessoas dizendo que são contra, mas tem ou segurança privada ou de governo. Isso caríssimo, não é uma coisa acessível para a maior parte da população. A política pró-desarmamento só deu certeza para bandido”, defendeu.

Olímpio também negou que Bolsonaro tenha invadido as competências do legislativo. Em outras situações, seria comum o chefe do Executivo elaborar um Projeto de Lei e pedir que tramite em urgência em vez de assinar um decreto.

“O decreto não mexeu nada da lei, não mudou nada no estatuto do desarmamento. Não é questão nem de burrice e nem de estratégia. Vamos tentar reverter a situação”, finaliza.

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