Major Ronald ajudou a definir data e local do atentado contra Marielle Franco, diz PGR

De acordo com as investigações ordem é que atiradores matassem todas as pessoas que estivessem no carro no dia do ataque, incluindo a assessora Fernanda Chaves

  • Por Jovem Pan
  • 10/05/2024 09h30 - Atualizado em 10/05/2024 09h30
BRUNO ESCOLASTICO/E.FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Vista da escadaria em homenagem à vereadora assassinada Marielle Franco, na Rua Cardeal Arcoverde, em Pinheiros, zona oeste de São Paulo Crime aconteceu em março de 2018

No cenário de constante busca por justiça no Rio de Janeiro, uma atualização significativa emerge no caso do brutal assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, ocorrido em março de 2018. A Procuradoria Geral da República (PGR) trouxe à tona novas denúncias que implicam figuras notáveis, revelando camadas mais profundas de uma trama que se estende por disputas fundiárias na zona oeste do Rio de Janeiro. Entre os denunciados estão o assessor de Domingos Brazão, membro do Tribunal de Contas do Estado, conhecido como Peixe, e o Major Ronald Pereira, ambos acusados de envolvimento direto no crime. Segundo informações da PGR, o Major Ronald Pereira fazia o monitoramento das redes sociais da vereadora, para saber a rotina e os passos que Marielle daria e teria sido ele quem orientou os atiradores sobre qual deveria ser o local exato do crime.

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As investigações conduzidas pela PGR apontam para uma motivação que transcende o crime político, sugerindo que o assassinato de Marielle Franco estava intrinsecamente ligado a interesses imobiliários e à expansão de construções ilegais na zona oeste, uma região sob influência dos irmãos Brazão. Marielle, conhecida por sua luta contra a injustiça e a corrupção, liderava um movimento contrário à sessão de terras nessa área, o que, segundo as investigações, a colocou na mira de grupos paramilitares associados à família Brazão. Ainda segundo a PGR, a ordem dos Brazão é que matassem todas as pessoas que tivessem no carro, para que assim, não sobrasse testemunha do crime. A única sobrevivemente do atentado foi a assessora de Marielle, a jornalista Fernanda Chaves.

A operação recente da Polícia Federal, que resultou na prisão de Robson Calisto, assessor de Domingos Brazão, e na reafirmação da prisão do Major Ronald Alves, acusado de monitorar a rotina de Marielle Franco, marca um avanço significativo nas investigações.

Com informações do repórter Rodrigo Viga 

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