Mancha de óleo de 1,6 km de diâmetro é avistada perto de navio da Vale

Embarcação encalhou e tombou a cerca de 100 km da costa brasileira com cerca de 275 mil toneladas de minério de ferro

  • Por Jovem Pan
  • 28/02/2020 18h23 - Atualizado em 28/02/2020 18h24
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Ibama ibama-navio-mancha-de-oleo A pedido da Vale, a Petrobras já deslocou para o local navios apropriados para recolher o óleo

Uma mancha de óleo de pouco mais de 1,6 quilômetro de diâmetro foi avistada na manhã desta sexta-feira (28) próxima ao navio-cargueiro da empresa Vale, que encalhou e tombou a cerca de 100 quilômetros da costa brasileira com cerca de 275 mil toneladas de minério de ferro.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a mancha foi identificada por uma aeronave equipada com sensores especiais que sobrevoou a área esta manhã. Ontem, técnicos do Ibama não tinham constatado a presença de poluentes nas proximidades do navio. Outras duas inspeções aéreas estão programadas para hoje.

Além de quase 300 mil toneladas de minério de ferro, o navio MV Stella Banner é capaz de transportar até 4 milhões de litros de combustível e óleo. Oficialmente, o volume armazenado no tanque da embarcação não foi confirmado. O navio saiu do Terminal Marítimo de Ponta da Madeira, em São Luís, e iria para a China. Ele encalhou no canal da Baía de São Marcos, no Maranhão.

Segundo o Ibama, foi o próprio comandante do Stella Banner quem manobrou para encalhá-lo, de propósito, em um banco de areia de uma área de menor profundidade do canal da Baía de São Marcos. A manobra serviu para evitar que a embarcação naufragasse ou ficasse à deriva depois que o comandante constatou que a água do mar estava entrando no navio por uma fissura na proa. O incidente ocorreu na última segunda-feira (24). Os 20 tripulantes foram retirados do navio em segurança.

A pedido da Vale, a Petrobras já deslocou para o local navios apropriados para recolher o óleo. Além disso, boias especiais serão preventivamente espalhadas próximas à embarcação para tentar impedir que o combustível se disperse. Especialistas contratados pela Polaris Shipping, dona do navio, comunicaram ao Ibama que os tanques do navio estão intactos e os motores de geração de energia funcionando normalmente.

“Como operadora portuária, a Vale reforça que seguirá atuando no caso com total suporte técnico-operacional e colaboração ativa com as autoridades marítimas”, garantiu a mineradora.

Outros problemas

A embarcação pertence à empresa sul-coreana Polaris Shipping, mas navega com a bandeira das Ilhas Marshall, paraíso fiscal localizado na Micronésia onde a embarcação está registrada.

Este é o segundo navio da Polaris Shipping a apresentar problemas após deixar o Brasil carregando minério. Em março de 2017, o Stellar Daisy naufragou depois da tripulação comunicar que havia água entrando no navio, que estava adernando a cerca de 2.400 km da costa do Uruguai. Dias após o pedido de ajuda, dois tripulantes foram resgatados, mas 22 trabalhadores que estavam a bordo do navio jamais foram encontrados.

* Com informações da Agência Brasil

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