Mandetta quer ampliar o atendimento nas Unidades Básicas de Saúde

  • Por Jovem Pan
  • 02/01/2019 20h30
Bruno Spada/Estadão Conteúdo Novo ministro da Saúde tomou posse nesta quarta-feira

Após ser empossado nesta quarta-feira (2), o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, defendeu a implantação de um “terceiro turno” no programa de atenção básica. No modelo, já adotado em algumas cidades, unidades atuam em horários estendidos, sobretudo noturnos, para garantir que trabalhadores se consultem ou levem dependentes a atendimentos.

“A mulher trabalhadora, o homem trabalhador às vezes sai de casa antes das 7 horas e chega depois das 17 horas. A unidade fica praticamente inalcançável”, disse, pouco depois da cerimônia de transmissão de cargo. Esse “choque de gestão”, como chamou, terá mais transparência na condução de filas de espera e acesso a serviços.

A meta é que em 100 dias esse e outros dois pilares sejam ativados. A segunda medida, emergencial, será destinada a Roraima – que recebeu grande número de refugiados da Venezuela e tem registrado aumento nos casos de sarampo. O terceiro eixo será a facilitação do acesso à atenção básica, com mais espaço para essa forma de atendimento.

Posse

Em discurso de mais de 40 minutos para um auditório lotado, Mandetta falou de fé, família e disse que vai “cumprir a Constituição Brasileira”. Esta afirmação é resposta a opositores do novo governo que diziam que o Sistema Único de Saúde (SUS) poderia estar em risco. Apesar disso, afirmou que na saúde não há “verdades absolutas”.

Mais Médicos

Na posse, Mandetta não poupou críticas ao Mais Médicos. O programa era realizado com médicos de Cuba, país que abandonou a parceria após discordar de declarações do então presidente eleito Jair Bolsonaro. Com saída, o ministério abriu edital, mas tem enfrentado dificuldades para preencher as mais de 8 mil vagas disponibilizadas.

Ministro

Médico ortopedista, Luiz Henrique Mandetta foi secretário de Saúde de Campo Grande (MS) e por duas vezes teve mandato como deputado federal pelo DEM. No parlamento, foi uma das vozes contrárias à criação do Mais Médicos, programa que agora ele pretende modificar. Na eleição do ano passado, Mandetta não se candidatou.

*Com informações do Estadão Conteúdo

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