Mandetta: ‘Nenhuma decisão será feita sem consultar a ciência’

Segundo ele, Brasil ainda não entrou na curva ascendente de casos de coronavírus

  • Por Jovem Pan
  • 31/03/2020 19h27 - Atualizado em 31/03/2020 19h33
Reprodução "Se der, vamos ir liberando aos poucos e entendendo o que será feito pela epidemiologia. Se tiver muito alto [o contágio], diminuímos", afirmou

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, disse nesta terça-feira (31) em entrevista coletiva que o Brasil ainda não entrou na curva ascendente de casos de coronavírus e que é importante manter o confinamento.

Ele explicou que o governo vai seguir acompanhando as próximas duas semanas para ver como elas vão replicar nas duas seguintes, já que o tempo de incubação do Covid-19 é de 14 dias. “Não tem hoje nem 7 dias que estamos ficando em casa. Temos dois objetivos nessa fase: diminuir ao máximo as nossas chances de aglomerações e melhorar ao máximo as condições de trabalho dos equipamentos”.

Mandetta ressaltou que nenhuma decisão será feita sem os números e equipamentos epidemiológicos. “Se precisarmos fazer qualquer alteração, não faremos sem consultar a ciência e a academia”, disse.

Segundo ele, o Brasil tem problemas específicos de moradia, fragilidade, e precariedade no transporte público. Por isso, ele acha que cada país precisa enfrentar a pandemia de acordo com os seus problemas sociais.

“Terá o máximo de distanciamento social, de permanência dentro das residências para que possamos chegar a um ponto de estarmos mais preparados, entendermos onde estamos e para onde vamos. Se der, vamos ir liberando aos poucos e entendendo o que será feito pela epidemiologia. Se tiver muito alto [o contágio], diminuímos. Se acharmos que está tranquilo, deixamos continuar”, esclareceu o ministro.

Testes

Mandetta afirmou que ainda há problemas em relação aos testes, já que eles não estão disponíveis em grande escala. Segundo ele, o exame rápido — que fica pronto em 24h — será levado “como um mantra para saber a velocidade de propagação” do vírus.

“Saberemos o percentual da população que já tem anticorpo. Se for 60%, 70%, eu posso ficar muito mais tranquilo, porque não vou mais ter epidemia”, declarou.

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