Manifestação anti-Temer tem repúdio à ação da PM
Um manifesto de repúdio à atuação da Polícia Militar no protesto do último domingo, 4, foi lido, na quinta-feira, 8, durante novo ato contra o presidente Michel Temer, realizado na zona oeste de São Paulo. A manifestação pacífica partiu às 18 horas do Largo da Batata e foi finalizada às 21 horas, nas redondezas da residência do peemedebista, no Alto de Pinheiros.
“O uso desregrado da força em manifestações políticas coloca em risco não apenas a segurança individual das pessoas, mas atinge o cerne do próprio regime democrático”, diz o texto. O manifesto foi assinado por cerca de 2 mil pessoas, entre elas os escritores Milton Hatoum e Raduan Nassar, o crítico literário Antonio Cândido, os músicos Chico César, Arrigo Barnabé e Jards Macalé, a atriz Débora Duboc e cientistas políticos.
O texto afirma que “a eventual presença ou ação de grupos violentos no interior de uma manifestação pacífica não pode se tornar justificativa para ações repressivas, de retaliação e à margem da lei, que atinjam o conjunto dos manifestantes, jornalistas ou mesmo transeuntes”. No domingo, a PM usou bombas de gás lacrimogêneo no fim do ato após um princípio de confusão, segundo o relato oficial, na Estação Faria Lima.
No encerramento do ato da quinta-feira, o primeiro a discursar foi o ex-senador Eduardo Suplicy. Ele sugeriu que o governo aproveite as eleições municipais para fazer uma consulta popular “O povo poderia decidir se quer que Temer termine o mandato ou não”, disse. Lideranças de grupos como o MST e CUT usaram o microfone para pedir “fora, Temer” e “fora, Cunha”.
Greve
Vagner Freitas, presidente da CUT, defendeu um “esquenta” de greve para o próximo dia 22. “Vamos parar o que der para parar e atrasar o que der para atrasar”, afirmou.
Com 23 anos, Naiara do Rosário, que milita no Coletivo de Educação Emancipa, diz que foi para a rua porque “o atual governo está atacando a educação”. Uma próxima manifestação foi convocada para domingo, às 14 horas, na Avenida Paulista.
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