Manifestações pelo país pedem o fim da violência contra mulheres

  • Por Jovem Pan
  • 08/03/2019 22h45 - Atualizado em 08/03/2019 22h57

A luta contra o feminicídio foi o foco dos atos promovidos por diversos coletivos feministas nesta sexta-feira (8). Milhares de mulheres tomaram conta das principais ruas e avenidas em pelo menos 45 cidades brasileiras, incluindo 17 capitais, e aproveitaram também para pedir igualdade de gênero e respeito aos direitos civis e direitos reprodutivos e sexuais.

Em Brasília, a concentração teve início às 16 horas em frente à rodoviária, na Esplanada dos Ministérios. A marcha começou por volta das 19, com a presença de mulheres de todas as idades, das mais diversas partes do Distrito Federal. Parlamentares federais e distritais também participaram do ato.

Mulheres marcham pelo fim da violência em Brasília por ocasião do Dia Internacional da Mulher

Entoando gritos como “Nenhuma a menos, vivas nós queremos” e “Juntas somos gigantes”, o grupo se aproximou do Congresso Nacional. O cortejo teve que virar uma rua antes da alameda das bandeiras dos estados brasileiros, mais próxima do Congresso. Segundo a Polícia Militar do Distrito Federal, isso ocorreu para que o trânsito não fosse prejudicado.

Em São Paulo, a maior cidade brasileira, a concentração para o ato começou às 16 horas, em frente ao MASP, o Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista. A caminhada saiu por volta das 18h30min até a Praça Roosevelt, com a participação de movimentos sociais, partidos, centrais sindicais, organizações e coletivos.

Passeata pelo Dia Internacional da Mulher lembra o assassinato da vereadora Marielle Franco

No Rio de Janeiro, a concentração para a passeata também começou às 16 horas, junto à Igreja da Candelária, reunindo grupos feministas, lideranças estudantis e representações sindicais. Os manifestantes, na maioria mulheres, entraram na Avenida Rio Branco às 18, rumo à Cinelândia, tradicional ponto de atos políticos no centro da cidade.

Cartazes e faixas traziam reivindicações como liberdade de parto, a favor do aborto, contra a violência e pela igualdade de direitos. Também estampavam o nome e o rosto da vereadora Marielle Franco. Por causa da manifestação, o trânsito teve que ser desviado por vias alternativas, causando engarrafamentos, mas sem maiores repercussões.

Números

No ano passado, 53 assassinatos de mulheres foram classificados como feminicídio pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, mais do que o dobro registrado em 2017: 24 casos. Segundo o ministério, houve 7.036 tentativas de feminicídio em 2018 – 2,5 vezes a mais do que no ano anterior: 2.749.

Em São Paulo, as mortes qualificadas como feminicídio aumentaram 12,9% em 2018 na comparação com o ano anterior, conforme dados da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo. Foram registrados 148 assassinatos no ano passado e 131 em 2017.

O homicídio qualificado como feminicídio foi definido pela Lei nº 13.104 de 2015, que estabelece penas maiores para os casos em que o assassinato é motivado pelo fato da vítima ser mulher.

Com informações de Agência Brasil

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