Manifestantes deixam Assembleia Legislativa do Rio após invasão

  • Por Jovem Pan com Estadão Conteúdo
  • 08/11/2016 16h49
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RJ - PROTESTO SERVIDORES PÚBLICOS ESTADUAIS/ALERJ - GERAL - Servidores do Estado do Rio de Janeiro invadem o prédio da Assembleia Legislativa (Alerj) durante protesto no Centro do Rio de Janeiro (RJ), contra o que eles chamam de "pacote de maldades", nesta terça-feira (8). Na semana passada, o governo do estado anunciou medidas com as quais pretende sanar as finanças do Rio 08/11/2016 - Foto: JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO JOSE LUCENA/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Também as galerias do 2º andar

Os manifestantes que invadiram a Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) aproximadamente às 14h20 deixaram o local por volta das 17h. Os servidores públicos da área de segurança, que estavam desde a manhã protestando contra o pacote de medidas anticrise do governador Luiz Fernando Pezão, deixaram a Alerj de mãos dadas. Eles tomaram o plenário e estavam sentados nas cadeiras do presidente, Jorge Picciani (PMDB), e de outros deputados. Também as galerias do segundo andar, onde costuma ficar o público que assiste as votações, foram ocupadas. Um sinalizador de fumaça foi aceso no plenário.

Composto de 22 projetos de lei, o plano de Pezão foi enviado à Alerj na sexta-feira passada, e inclui iniciativas impopulares, como a elevação da contribuição previdenciária de servidores ativos, inativos e pensionistas.

No fim da manhã, lideranças da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ) começaram a incitar os manifestantes a enfrentar o Batalhão de Choque, responsável pela segurança dos funcionários da Alerj que estavam no prédio. Na tentativa de acalmar os ânimos, o presidente do Sindicato dos Servidores do Sistema Penal do Rio, Odonclei Boechat, chegou a convocar um abraço no prédio, localizado no centro da cidade, num ato simbólico de respeito à casa legislativa e à democracia, mas não teve sucesso.

A manifestação reúne servidores da Polícia Civil, da Polícia Militar, bombeiros e representantes de penitenciárias, que se organizaram por meio do Facebook e Whatsapp. “Vamos invadir e só vamos sair depois que o pacote de maldades for derrubado”, afirmou, ainda pela manhã, uma das lideranças que se identificou como policial militar do 22º Batalhão. Até que o prédio fosse invadido, as lideranças da Polícia Militar e do sindicato dos inspetores penitenciários discutiam no carro de som instalado na frente da Alerj se os manifestantes deveriam ou não invadir a Alerj. 

Deputados e Picciani não estavam na Alerj no momento da invasão, apenas funcionários. Alguns deles conseguiram deixar o prédio por uma saída desconhecida dos manifestantes antes dos protestantes tomarem o prédio. Em nota, o presidente da Casa repudiou o acontecimento, dizendo se tratar de um “crime”.

“A invasão do plenário da Alerj é um crime e uma afronta ao estado democrático de direito sem precedentes na história política brasileira e deve ser repudiado. Esse é um caso de polícia e de justiça e não vai impedir o funcionamento do Parlamento. No dia 16 iniciaremos as discussões das mensagens enviadas à Alerj pelo Poder Executivo. Os prejuízos causados ao patrimônio público serão registrados e encaminhados à polícia para  a responsabilização dos culpados”.

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