Maranhão participa de evento que estava fora da agenda e evita jornalistas

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/05/2016 17h01
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Brasília - O presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão, deixa o gabinete da vice-presidência e segue para a reunião da mesa diretora. (Marcelo Camargo/Agência Brasil) Marcelo Camargo/Agência Brasil Waldir Maranhão - AGBR

Longe do plenário da Câmara e dos holofotes, o presidente interino da Casa, Waldir Maranhão (PP-MA), evitou nesta terça-feira, 24, o contato com os jornalistas e participou de um evento que havia retirado de sua agenda de trabalho. Diferentemente de seu antecessor, o deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Maranhão vem exercendo uma presidência dentro do gabinete, sem presidir as sessões plenárias e sem entrevistas diárias.

Pela manhã, a assessoria da Presidência da Câmara havia anunciado que Maranhão desistira de participar da cerimônia de entrega do prêmio Dr. Pinotti, no Salão Nobre da Casa. Em seu lugar, enviaria o segundo-secretário da Mesa, Felipe Bornier (PROS-RJ). Duas horas após o evento, a assessoria comunicou que Maranhão decidiu participar da entrega do prêmio porque Bornier insistiu para que ele fosse.

Maranhão deixou seu gabinete sem alarde e fez um discurso de aproximadamente cinco minutos. Chamou os premiados de “agradeciados”, confundiu Secretaria de Mobilidade Urbana de São Paulo com Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, da qual a filha do ex-deputado federal José Aristodemo Pinotti, Marianne Pinotti, é titular, e fez uma homenagem ao trabalho do ex-deputado morto em 2009. “Quantos brasileiros, quantos seres humanos vindos de outros países tiveram a oportunidade de terem suas vidas salvas por aquele que foi um homem público, um doutor, um acadêmico, que emprestou seu conhecimento para salvar vidas”, disse.

Cercado por seguranças, Maranhão voltou ao seu gabinete e não saiu de lá nem para se integrar aos parlamentares que estavam na sessão conjunta do Congresso, do qual é vice-presidente. Num modelo de gestão negociado com o “centrão” onde ele não preside as sessões plenárias e assim continua desfrutando das prerrogativas de presidente da Câmara, Maranhão tem cumprido a risca o acordo e não tem passado nem perto do plenário. Às vezes, a presidência das sessões tem ficado a cargo do segundo-vice, Fernando Giacobo (PR-PR).

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