Maranhão rebate Renan Calheiros: “não estamos brincando de fazer democracia”

  • Por Jovem Pan
  • 09/05/2016 18h28
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Brasília- DF- Brasil- 09/06/2015- Sessão extraordinária para discussão e votações de diversos projetos. Foto: Gustavo Lima/ Câmara dos Deputados Gustavo Lima/Câmara dos Deputados Waldir Maranhão - Ag. Câmara

Em declaração no início da noite desta segunda-feira (09), o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA) relembrou sua trajetória até chegar a política para justificar sua decisão de anular a votação do impeachment na Casa.

Em breve pronunciamento, ele rebateu as declarações de Renan Calheiros e disse: “não estamos brincando de fazer democracia”. Segundo Maranhão, sua decisão seguiu o regimento e reafirmou a decisão de acatar o recurso da AGU.

Na manhã desta segunda, Maranhão aceitou pedido da Advocacia-Geral da União que anula a votação plenária do processo de impeachment de Dilma Rousseff e pede a devolução do processo do Senado para a Câmara. O pepista pedia a devolução do processo de impeachment da Câmara para o Senado.

Maranhão aceitou o pedido da defesa de Dilma de anular a sessão de votação do impeachment, realizada nos dias 15, 16 e 17 de abril. Ele pede ainda uma nova sessão plenária na Câmara em cinco sessões a partir da requisitada devolução.

Na decisão, o deputado diz “entender que efetivamente ocorreram vícios que tornaram nula de pleno direito a sessão em questão”. “Não poderiam os partidos políticos ter fechado questão ou firmado orientação para que os parlamentares votassem de um modo ou de outro, uma vez que, no caso deveriam votar de acordo com as suas convicções pessoais e livremente”, argumentou.

Na noite de hoje, o presidente do Senado manteve o rito do impeachment e desconheceu a decisão do parlamentar. “Aceitar essa brincadeira com a democracia seria ficar pessoalmente comprometido com o atraso do processo”, afirmou Renan Calheiros.

Para o peemedebista, a decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados é “absolutamente intempestiva”. Segundo Renan, a Casa seguirá “fielmente” a Constituição, bem como os acórdãos do Supremo Tribunal Federal, a lei do impeachment, a ADPF e o precedente de 1992, com o impeachment de Fernando Collor de Mello.

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