Marina exclui de programa de Governo casamento igualitário para grupo LGBT e energia nuclear
Um dia após o lançamento de seu programa de Governo, a candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, voltou atrás sobre o capítulo que assegura os direitos civis aos grupos LBGT e afirmou que o texto publicado não era o acordado.
Na proposta original, Marina se comprometeu a “apoiar propostas em defesa do casamento civil e igualitário com vistas à aprovação dos projetos de lei e da emenda constitucional”. Agora, com a reformulação da proposta, ela diz que vai “garantir os direitos oriundos da união civil entre pessoas do mesmo sexo”.
Foram eliminados trechos em que a candidata se comprometia com a aprovação da lei de identidade de gênero – que garante a alteração de nome e gênero no documento de identidade – e com o lançamento de material didático de conscientização sobre a diversidade sexual.
O texto avisa que o capítulo “LGBT” anunciado anteriormente “não retrata com fidelidade os resultados do processo de discussão sobre o tema durante as etapas de formulação do plano de governo”. Apesar do “contratempo indesejável”, “permanece irretocável o compromisso com a defesa dos direitos civis dos grupos LGBT”.
Assim que o programa foi anunciado, as redes sociais manifestaram apoio à candidata por parte da comunidade LGBT, ao mesmo tempo em que pastores e políticos da bancada evangélica dispararam críticas e afirmaram que retirariam seu apoio à campanha de Marina.
O capítulo sobre fontes de energia também foi alterado da proposta em sua versão original. Na errata, o PSB lamentou ter incluído a energia nuclear como uma das alternativas para o aperfeiçoamento da matriz energética do Brasil. O texto original pretendia “aperfeiçoar e aumentar a escala dos atuais programas de promoção de energias fotovoltaica e eólica, utilização do hidrogênio em células combustíveis e energia nuclear”. Alegando “erro de revisão”, o programa agora se concentra apenas no trecho que cita fontes de energia renováveis.
Como diz o novo texto, “os princípios que vão regular a expansão da produção de energia para o desenvolvimento sustentável do país no governo Marina Silva- Beto Albuquerque são os que estão listados na pág. 65, em especial o item 3 – “realinhamento da política energética para focar nas fontes renováveis e sustentáveis, tanto no setor elétrico como na política de combustíveis, com especial ênfase nas fontes renováveis modernas (solar, eólica, de biomassa, geotermal, das marés, dos biocombustíveis de segunda geração)”.
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