Marina Silva diz que “a lei é para todos” após possível citação de caixa dois
A porta-voz da Rede e ex-candidata à Presidência da República, Marina Silva, rebateu acusações de que teria usado caixa dois em sua campanha de 2010, quando era do Partido Verde (PV), acusação que poderia fazer o ex-presidente da OAS Léo Pinheiro, conforme veiculou o jornal O Globo no domingo (12).
Marina cita o procurador-geral da República Rodrigo Janot para dizer que “ninguém estará acima da lei” e pede “a devida atenção a essa acusação”. Marina foi questionada em sua página oficial no Facebook: “Ninguem está acima de qualquer suspeita. Tem que ser investigada também”, disse um internauta. “É justo”, respondeu Marina Silva.
De acordo com o colunista de O Globo Lauro Jardim, Pinheiro prometeu aos procuradores da Lava Jato, durante negociação de delação premiada, que citaria a campanha da ex-senadora em 2010. O então candidato a vice-presidente de Marina, Guilherme Leal, teria pedido ao empreiteiro contribuição para a campanha. A doação teria sido feita fora da contabilidade oficial divulgada ao TSE (Tribunal Superior eleitoral). A OAS não registrou doação a Marina naquele ano, segundo o jornal.
Marina alega que nunca usou “um real sequer em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado”. A ex-candidata do PV ressaltou sua confiança em Guilherme Leal e disse não acreditar “que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos”.
A porta-voz da Rede tem pedido a anulação pelo TSE das eleições de 2014 por suposto uso de dinheiro irregular na campanha da candidata vencedora Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições.
Veja a nota completa:
TODO APOIO À LAVA-JATO; A LEI É PARA TODOS
Neste sábado, recebi a notícia de que estaria sendo divulgado em alguns jornais e sites uma suposta menção a meu nome em delação premiada à força-tarefa que investiga a corrupção na Petrobras. Segundo essas fontes, dinheiro de uma empreiteira teria sido destinado ao “caixa-dois” da minha campanha à Presidência da República em 2010.
Como ressaltou recentemente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “da esquerda à direita, do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da Lei”. Por esse motivo, quero que as autoridades deem a devida atenção a essa acusação.
De minha parte, reafirmo que a Operação Lava Jato não pode sofrer nenhuma tentativa de interferência ou constrangimento para apurar denuncias de corrupção, posso alegar que nunca usei um real sequer em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado.
Guilherme Leal, que foi candidato a vice em minha chapa à Presidência em 2010, sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que todos os recursos de financiamento da campanha teriam origem e uso inteiramente legais e não acredito que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos.
Posso assegurar à opinião pública brasileira que, neste momento em que a sarjeta da política já esta repleta de denunciados, o melhor caminho é confiar no trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal. Por isso reitero meu apoio e confiança no trabalho da Justiça.
Marina Silva, porta-voz da Rede Sustentabilidade, ex-candidata à Presidência da República pelo PV, em 2010, e pelo PSB, em 2014.
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