“Marina Silva se torna a principal preocupação de Aécio”, diz cientista político

  • Por Jovem Pan
  • 14/08/2014 18h19

Marina Silva se filou ao PSB e declarou apoio ao governador de Pernambuco José Cruz/ABr Marina Silva abre mão da candidatura à presidência da República

Com a morte do candidato à Presidência da República, Eduardo Campos (PSB), a tendência é que Marina Silva (PSB) ocupe o seu lugar. Em entrevista exclusiva à JOVEM PAN, o cientista político da FGV, Marco Antônio Teixeira, disse que a candidata vira a principal preocupação para Aécio Neves (PSDB).

“Se Marina for candidata à Presidência da República, ela deve retomar em índices muito parecidos com Aécio e até um pouco a frente. O que isso traz para o cenário? Aécio, que até então não via em Eduardo Campos uma ameaça em sua ida para o segundo turno, vai ter uma competidora de fato”, contou o cientista político.

Teixeira lembrou da última pesquisa Datafolha que colocava Marina Silva como candidata, em abril, segundo ele, tinha 27% das intenções de voto. Na opinião do cientista, a candidatura de Marina Silva deixa ainda mais certa a possibilidade de segundo turno nas eleições.

Para Teixeira, Marina Silva é até mais favorita que o próprio tucano para derrotar a atual presidente Dilma Rousseff (PT) num eventual segundo turno. “A Marina vira o principal problema pro Aécio Neves e, no segundo turno, provavelmente, mais competitiva do que o próprio Aécio para derrotar a Dilma. Por duas razões: primeiro, a Marina tem a possibilidade de trazer pra si pessoas que votavam no PT, gostam do governo, estão insatisfeitas com a Dilma, mas não votariam no PSDB. E de outro lado, tem a capacidade, também, de canalizar votos da oposição. Então, digamos que o teto dela, talvez seja maior que o teto do Aécio”, explicou.

O cientista político falou ainda que outro benefício de termos Marina Silva como candidata é a volta ao debate público das políticas públicas. De acordo com ele, a discussão estava muito retórica. “O debate da sucessão eleitoral estava muito no campo retórico. Sobre economia e sobre possíveis perdas que se conseguiu em alguns setores da sociedade até o momento, mas nada de específico”, contou.

Confira no áudio acima a íntegra da entrevista com Marco Antônio Teixeira.

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