Marun recua e transforma indiciamento de Janot em “pedido de investigação profunda”

  • Por Jovem Pan
  • 13/12/2017 11h46 - Atualizado em 13/12/2017 11h54
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Antonio Augusto / Câmara dos Deputados Antonio Augusto /  Câmara dos Deputados CPI mista da JBS tenta votar relatório de Carlos Marun

No começo da sessão desta quarta-feira (13) na CPMI da JBS, o relator Carlos Marun (PMDB-MS) recuou da decisão de terça-feira de pedir o indiciamento do ex-procurador-geral Rodrigo Janot e do procurador Eduardo Pelella. Marun disse que vai transformar o indiciamento em um “pedido de investigação profunda”.

Assim, caso seja aprovado o relatório, a CPMI deve apenas recomendar que o Ministério Público Federal apure os supostos crimes cometidos por Janot e Pelella no acerto da delação da JBS. O texto pede também a quebra dos sigilos telemáticos e telefônicos dos dois procuradores. O relator disse que recuou do anúncio de ontem após ouvir a fala de Raquel Dodge e respeitando a separação entre os poderes.

Marun também transformou a incorporação total do relatório do sub-relator Wadih Damous (PT-RJ) em uma recomendação para que seja discutido e votado um projeto de lei sugerido pelo petista, que altera as regras da delação premiada, “com a maior celeridade possível”.

“Que não transformemos o processo de delação num exercício do arbítrio e em um processo comercial”, disse Marun.

O restante das recomendações expostas no relatório foi mantido, como o pedido de indiciamento dos empresários Joesley Batista, Wesley Batista, Ricardo Saud e do ex-procurador Marcelo Miller. Também foi solicitada a tramitação rápida de um projeto de lei que combata o abuso de autoridade. O pedido de tramitação projeto de lei do presidente da CPMI Ataídes Oliveira (PSDB-TO) que impõe quarentena a ex-juízes e procuradores que desejam atuar na advocacia privada foi outro ponto mantido.

O relatório de Marun mantém ainda um pedido para que a Polícia Federal investigue suposta influência de Ricardo Saud no convencimento de senadores para a indicação de Edson Fachin ao Supremo Tribunal Federal em 2015. O ministro Fachin é o relator da Lava Jato no STF.

Sessão

Como já começou sessão plenária na Câmara, mas ainda não foi aberta a ordem do dia (o que impediria o continuamento da sessão) o presidente da CPMI já sugeriu que seja a votação fique para as 15h ainda desta quarta (13).

Deputados e senadores de oposição pedem, agora, que a Comissão seja prorrogada para “abrir a caixa preta” da JBS. Acompanhe ao vivo:

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