Marxismo cultural ‘faz mal à saúde’, diz Vélez Rodríguez após assumir o Ministério da Educação
Novo ministro da Educação do Brasil, o colombiano Ricardo Vélez Rodríguez defendeu o combate, pelo governo, ao que chamou de marxismo cultural nas escolas e universidades. Após ser empossado nesta quarta-feira (2), ele foi questionado sobre quais ações empregaria para isso, mas disse apenas que o marxismo faz mal à saúde.
“Faz mal à saúde da mente, do corpo e da alma porque secciona o ser humano, porque o torna massa, o torna coisa. Queremos uma tentativa de levar a uma abordagem cultural que leve a pessoa à integralidade na sua integridade, inteligência e na sua individualidade porque somos pessoas individualizadas”, disse, nesta tarde.
Perguntado sobre qual o percentual de professores que defendem o marxismo em salas de aula, Rodríguez afirmou que é “difícil ter um dado” estatístico. “Mas a gente vê os resultados. Os nossos baixos índices nas provas internacionais é (sic) uma coisa que endêmica no Brasil, [e] a falta de autoestima do professor, decorrem dessa nossa Educação.”
Vélez prometeu novamente valorizar o trabalho dos professores, mas não apresentou nenhuma medida concreta de como isso poderá ser feito. Ele também afirmou que as escolas devem educar e formar, “sem pretensões de doutrinar ninguém”. Filósofo, Rodríguez é doutor em Pensamento Luso Brasileiro pela Universidade Gama Filho.
Educação básica e superior
Na educação básica, Vélez Rodríguez afirmou em discurso que a pasta trabalhará pelo combate ao analfabetismo e a ampliação e melhoria em creches e pré-escolas, além de manter os alunos nos níveis corretos de acordo com a idade. Ele também prometeu focar na educação de jovens e adultos e no pleno atendimento a deficientes.
Em relação ao ensino superior, ele prometeu valorizar a tríade “ensino, pesquisa e extensão” e que no setor privado o foco será na qualidade dos cursos oferecidos. De acordo com o ministro, as ações de fundos internacionais de investimento serão tratadas “com cuidado” para que se adequem aos objetivos da educação brasileira.
“Não permitiremos que pautas nocivas aos nossos costumes sejam impostas ao País com a alegação de que se tratam de temas adequados alhures por agências internacionais”, disse. Outro conceito combatido pelo filósofo, o chamado “globalismo” foi taxado por ele como uma “clara tentativa de sufocar os valores fundantes da nossa vida social”.
*Com informações do Estadão Conteúdo
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