MDB avalia governo Temer e traça caminhos para Bolsonaro em documento

  • Por Jovem Pan
  • 07/11/2018 14h56
Estadão Conteúdo Jair Bolsonaro fazendo sinal de positivo com câmeras e bandeiras do Brasil A cúpula do MDB vai apresentar nesta quarta-feira um documento no qual indica que o partido não fazer oposição ao presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL)

A cúpula do MDB vai apresentar para o presidente Michel Temer, nesta quarta-feira (7), um documento no qual o partido faz uma avaliação da gestão do emedebista e traça caminhos para o governo de seu sucessor, Jair Bolsonaro (PSL). O documento indica que o partido não vai fazer oposição ao presidente eleito e que adotará um tom de independência.

Segundo o senador Romero Jucá (MDB-RR), que não conseguiu se reeler para o cargo, a decisão não significa neutralidade, mas sim a defesa do que o partido acredita. “Nenhum partido fez isso até agora. É uma avaliação do governo com encaminhamentos para o futuro dentro da economia”, afirmou o parlamentar em sua conta do Twitter. Segundo o senador, o partido vai trabalhar para manter a presidência da Casa na próxima legislatura. Há um acordo tácito na Casa de que o comando fica sempre com a maior bancada, que continuará sendo do MDB no próximo ano. Ele disse, no entanto, que a definição de um nome para o posto só acontecerá em meados de janeiro.

O texto afirma que Temer não pôde ir tão longe quanto gostaria na sua política econômica em razão da “desorganização política” e das “intervenções judiciais”. Segundo o documento, Bolsonaro deve manter a estratégia adotada no governo do MDB e dar prioridade à reforma da Previdência e ao ajuste fiscal para ter sucesso na economia.

“A desorganização do sistema político e certas intervenções do sistema judicial interromperam os esforços de reforma do Estado, que estavam em curso, especialmente a Reforma da Previdência. Mas abrimos caminho para o aprofundamento da modernização institucional que pode levar ao crescimento sustentável”, diz o texto.

Para o partido, a vitória de Bolsonaro representou um “claro veredicto sobre as políticas econômicas da era PT” e que a população brasileira “rejeitou quem se propôs a retroceder”.

*Com informações da Agência Estado

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