‘Me sinto injustiçado’, diz ministro do Turismo no Senado

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2019 12h07
Valter Campanato/Agência Brasil Marcelo Álvaro Antonio disse que investigação não encontrou provas contra ele

Depois de ser indiciado pela Polícia Federal (PF) e denunciado pelo Ministério Público (MP) de Minas Gerais por um esquema de candidaturas laranjas realizado pelo PSL, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antonio, foi convocado para ser sabatinado no Senado Federal nesta terça-feira (22) sobre o assunto.

Depois de ter recusado o convite para falar na Casa três vezes, ele foi obrigado a comparecer hoje, já que se tratava de uma convocação. Em uma sessão que durou cerca de duas horas, Marcelo disse que se “sente injustiçado” com a investigação, que já ocorre há nove meses e ainda não “encontrou provas contra ele”, mas que segue “confiando na PF, no MPF e na Justiça”.

De acordo com o ministro, ele está sendo acusado injustamente com base na teoria do “domínio do fato”. Ele ressaltou, ainda, que não apenas não está envolvido em nenhum esquema, como também não tinha conhecimento de nenhum.

“Fui indiciado pela teoria do domínio do fato. E acredito que de forma errônea, porque essa teoria vale quando a pessoa tem ciência dos fatos ocorridos. O inquérito mostra que eu não tinha nenhuma ciência dos fatos supostamente ocorridos. Me sinto injustiçado, mas sigo confiando na Justiça”, declarou.

Depois, voltou a afirmar que não houve qualquer candidatura laranja em Minas. “Foram 179 candidatos. Todos os candidatos e candidatas foram verdadeiramente candidatos, fizeram campanhas, inclusive as quatro candidatas [que são alvo da denúncia, que diz que a candidatura de mulheres foi prejudicada no esquema]”.

Caso Ágatha

Além de garantir que nenhuma prova foi encontrada durante todo o tempo de investigação, Marcelo comparou seu caso com morte da menina Ágatha Félix, no Rio de Janeiro, ressaltando a quantidade de pessoas que já foram ouvidas no seu processo. “A tragédia de Agatha foram ouvidas 11 pessoas. Em Minas, foram ouvidas mais de 80 no caso das supostas laranjas. Sou inocente e estou sendo injustiçado “, finalizou.

 

 

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