Médium João de Deus já é considerado foragido da justiça
O Ministério Público de Goiás informou na tarde deste sábado (15) que João de Deus já é considerado foragido da justiça. Acusado de abuso sexual por mais de 300 mulheres, ele não se apresentou espontaneamente no prazo de 24 horas após a ordem de prisão decretada na sexta-feira (14). O paradeiro do médium é desconhecido.
“A força-tarefa informa que o senhor João Teixeira de Faria passou a ser considerado foragido, pois as diligências de localização em todos os seus endereços resultaram negativas e o comparecimento espontâneo não ocorreu nas 24 horas seguintes à ordem de prisão, a despeito das tentativas de negociação com a defesa”, apontou o MP em nota.
Com essa classificação, ele poderá ser preso por qualquer autoridade policial no Brasil ou no exterior, com auxílio da Interpol (a polícia internacional), caso tente sair do país. Pelo menos 20 endereços, que estão sob sigilo, foram verificados para tentar localizar o médium, mas não houve sucesso. Advogados afirmam que ele vai se entregar.
Secretaria disse que não havia prazo
Momentos antes do posicionamento da promotoria, a Secretaria da Segurança Pública do estado de Goiás havia indicado que não havia “prazo específico” para que João fosse considerado foragido. De acordo com a pasta, buscas para localizar o médium continuam sendo realizadas por equipes da Delegacia Estadual de Investigações Criminais.
Acusações
As acusações contra o médium, que diz realizar tratamentos e “cirurgias espirituais” por meio de entidades que “incorpora”, surgiram no sábado (8), quando um programa de televisão conversou com vítimas. Em todos os casos, João levava a mulher para uma sala reservada para sessão em busca de milagres, o que acabava evoluindo para toques e estupros.
As acusações contra João de Deus já foram feitas a partir de sete países diferentes, incluindo o Brasil. Algumas mensagens indicam que funcionários do centro de atendimento espiritual de Abadiânia (GO) sabiam dos crimes. O advogado do médium já afirmou que vai pedir um habeas corpus em benefício do cliente, porque a prisão é “ilegal e injusta”.
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