Meirelles diz que é melhor aumento de energia agora do que no ano que vem

  • Por Estadão Conteúdo
  • 24/10/2017 20h58
José Cruz/Agência Brasil José Cruz/Agência Brasil Ministro do Planejamento, Henrique Meirelles, afirma que "a inflação está oscilando em torno do piso da meta e o que significa que até ajuda a inflação ficar na meta"

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta terça-feira, 24, que o aumento previsto para a tarifa de energia elétrica ajudará a inflação a ficar dentro da meta. Meirelles fez está afirmação após ter saído de reunião em São Paulo com investidores estrangeiros reunidos pela 20-20 Investment Association.

“Acho que veio na hora correta. A inflação está oscilando em torno do piso da meta e isso significa que até ajuda a inflação ficar na meta. Caso contrário, o problema seria a inflação ficar abaixo do piso”, disse o ministro a jornalistas. Segundo ele, qualquer aumento como esse da energia é melhor ocorrer neste ano do que no próximo.

Perguntado se já tinha em número para o aumento e qual seria o impacto do aumento da energia para a inflação, o ministro disse que não tem essa conta ainda. “Eu não tenho esses cálculos. Evidentemente que o BC está fazendo essa análise e deveremos ter essa conta também na Secretaria de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda”, disse Meirelles.

O ministro voltou a afirmar que acredita na reforma da Previdência na segunda quinzena de novembro, mas disse que, se porventura o Congresso decidisse não aprovar a reforma neste ano, novas medidas de controle do crescimento das despesas públicas nos próximos anos teriam que ser discutidas.

“Devo mencionar, no entanto, que o mecanismo do teto dos gastos tem um sistema todo autocorretivo que está na Constituição. Ou seja, se o teto for cruzado no futuro, teremos uma serie de medidas automaticamente tomadas constitucionalmente em termos de congelamento de salários de servidores, não criação de novas vagas de serviços públicos em todos os poderes, etc. “, disse.

Nesta noite Meirelles participa de jantar com investidores convidados do banco francês Société Générale em um restaurante na zona oeste da capital paulista.

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