Mendes chama uso indevido de programas sociais de “moderna compra de votos”

O Ministro do Supremo Tribunal Federal, Gilmar Mendes, chamou a ampliação pontual, em períodos eleitorais, de benefícios sociais de “compra de votos moderna”. O magistrado disse também que é necessário implementar métodos de controle para evitar que medidas de assistência como o Bolsa Família, o Fies (Financiamento Estudantil), Minha Casa Minha Vida e o Seguro-Defeso sejam usados com fins indevidos. Ele deu as declarações após abrir um debate sobre reforma eleitoral nesta sexta-feira (27) na região central de São Paulo.
Mendes lembrou um episódio em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva teria dito que as pessoas não sabem do que ele seria capaz de fazer para que Dilma Rousseff vencesse as eleições. “Então eu conclui: agora a gente sabe”, afirmou. No entanto, ao ser perguntado se a atual presidente usou ou não usou os programas sociais como compra de votos, Gilmar Mendes se esquivou.
“Eu tenho a impressão de que a adoção de determinadas políticas públicas hoje com a finalidade exclusivamente eleitoral é uma moderna compra de votos”, disse. Após ser questionado se a campanha de Dilma Rousseff comprou votos, Mendes afirmou que não foi isso que ele disse.
Delcídio
Gilmar Mendes também se manifestou sobre a prisão do senador Delcídio do Amaral, do PT de Mato Grosso do Sul, dizendo que “não há soberanos no estado de direito” e que “todos aqueles que praticam delitos serão responsabilizados.”
Ele também afirmou que o flagrante continua valendo para a detenção mesmo depois do depoimento gravado porque o delito de integrar uma organização criminosa possibilita isso.
Mendes deu as declarações após abrir evento de debates sobre a nova legislação eleitoral na sede da Associação dos Advogados de São Paulo, no centro da capital paulista.
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