Mercado dá reforma como certa, mas aprovação não será fácil, diz Marcos Pereira

  • Por Estadão Conteúdo
  • 10/04/2017 14h43
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Divulgação/Facebook Marcos Pereira - DIV

Em reunião com empresários do setor de comércio e serviços, o ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), Marcos Pereira, afirmou nesta segunda-feira, 10, que o mercado financeiro “já está dando como certa” a aprovação da reforma da Previdência, mas que não será fácil para o governo conseguir os votos suficientes. Ele citou a sua condição de presidente licenciado de um partido, o PRB, para falar da pressão que a sociedade tem feito sobre os deputados contra a emenda constitucional.

“Temos uma bancada de 24 deputados e eu percebo o desgaste, a pressão que é sobre os deputados sobre esse tema”, disse o ministro. “Eu recebo constantemente mensagens dele, no grupo da bancada, e às vezes individualmente, de que os deputados estão sendo hostilizados nos aeroportos, estão sendo recebidos nos seus Estados com outdoors com suas fotografias, com cartazes com suas fotografias, dizendo que esse deputado vai acabar com a aposentadoria dos pobres, aquele discurso que infelizmente aqueles que são contrários sabem fazer”, acrescentou.

Preocupado, Pereira pediu aos empresários que ajudem o governo na aprovação da reforma, publicando artigos nos jornais e mensagens no rádio para defender a proposta e rebater supostas mentiras. “Que vocês se empenhem, se esforcem, também pautem, façam artigo para jornal, façam editoriais para veicular nas rádios, no rádio fala-se muito com a população”, sugeriu. “O debate não é simples. Se não nos unirmos para reformar o Brasil, o Brasil continuará sendo pouco competitivo”.

Em resposta a quem diz que a reforma vai atingir os mais pobres, o ministro afirmou que 62% dos aposentados recebiam o salário mínimo quando estavam no mercado de trabalho e hoje ganham o mesmo valor na condição de aposentado. “Isso vai continuar assim, porque o mínimo é o mínimo que a legislação exige. A reforma vai atingir uma elite do funcionalismo público”, afirmou.

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